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A semana. A prisão, os protestos e a história
DOM

A semana. A prisão, os protestos e a história

Edição Impressa
Tipo Notícia

 
LULA ESTÁ PRESO há uma semana. O mundo acabou, como alguns imaginavam, em tom, às vezes, ameaçador? Não, não acabou. Porém, há equívoco dos que comemoram o fato, concluindo que o petista talvez não seja, como líder, tudo aquilo que se andou dizendo. O caos não veio, e isso é bom, mas a mobilização, desde quando ele foi recolhido, indica que permanece grande, sim, sua força política.


O que parece é que se tem feito alguma confusão, e o discurso alarmista de líderes petistas contribuiu para isso, entre reagir à prisão de Lula com violência e convulsão institucional ou responder a ela indo às ruas. Os fatos não permitem duvidar do apoio popular a ele, considerados os atos realizados País afora e até no exterior, desde a noite do sábado, 7. É muito bom que tudo esteja acontecendo com a prevalência de uma normalidade possível, a despeito dos casos registrados de agressões contra jornalistas e ataque a sedes de empresas de comunicação.Seria importante debater os significados de se condenar e mandar ao cárcere um líder popular inconteste, nome de maior peso na disputa presidencial de 2018, ex-presidente da República. É o fim real da impunidade no Brasil? A lei, de fato, está chegando para todos? Respostas impossíveis de buscar diante de uma discussão rebaixada, inclusive com a lamentável ajuda de setores da imprensa, e que não dá conta da importância do momento. Talvez a história, com seu distanciamento, mais tarde possa contar o que hoje acontece na sua dimensão real.


Guálter George
EDITOR DE POLÍTICA 

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