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Bairro universitário do Benfica vira alvo de chacina após tragédia das Cajazeiras
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Bairro universitário do Benfica vira alvo de chacina após tragédia das Cajazeiras

| INSEGURANÇA | Lugar foi tomado por sete assassinatos em sequência e em locais próximos. As pessoas foram mortas na Praça da Gentilândia, na sede da TUF e na rua Joaquim Magalhães
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Os sete mortos e vários feridos da Chacina do Benfica, ocorrida na última sexta-feira, principalmente em local de diversão, reedita o medo em Fortaleza. Depois do massacre de 14 pessoas nas Cajazeiras (27/1), no Forró do Gago, a matança em grupo e de emboscada atravessou a cidade e veio parar no bairro boêmio e universitário. Numa zona considerada nobre e onde parte dos filhos das classes média e alta cearense é aluno dos campi federais e estadual.

[SAIBAMAIS]
A matança do Benfica é a quarta grande ação criminosa registrada num intervalo de 40 dias em Fortaleza ou próximo à Região Metropolitana. Atos que esgarçam a paz pública e acentuam a escalada cotidiana dos assassinatos e das execuções decorrentes de chacinas. Além das Cajazeiras e do Benfica, o Ceará foi tomado pelas mortes de dois chefes da facção PCC e de 10 presos em Itapajé.
 

Enquanto a Cidade está atordoada com mais uma tragédia em massa, o secretário estadual da Segurança Pública, André Costa, informou em coletiva, ontem, que existe um suspeito da chacina do Benfica. O homem, que não teve o nome revelado, estaria envolvido numa briga de torcidas que aconteceu no último jogo entre Fortaleza e Ceará (4/2). No confronto, ocorrido no bairro Henrique Jorge, duas pessoas saíram gravemente feridas.
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De acordo com André Costa, quatro dos sete executados, na sexta, eram integrantes da Torcida Uniformizada do Fortaleza (TUF). O secretário, baseado em levantamentos da Divisão de Homicídios, informou que os crimes do Benfica também poderiam ter motivações distintas.
 

Em relação aos mortos da Praça da Gentilândia, a causa estaria ligada à disputa por território para o tráfico. Dois dos mortos, segundo Costa, comercializavam drogas no local.
 

Segundo o secretário, o ataque à sede da TUF teria seguido outra lógica. Os disparos foram aleatórios, “sem vítimas precisamente definidas”. Mas André Costa não exclui que todas as mortes tenham a mesma autoria, pois aconteceram em locais e em horários próximos.
 

Na Praça da Gentilândia foram executados: José Gilmar Furtado de Oliveira Júnior, 33. Segundo a Secretaria da Segurança, tinha registro policial por posse de drogas.Levou dez tiros. Antônio Igor Moreira e Silva, 26, possuia antecedentes criminais por posse de droga. Foram encontradas 10 perfurações à bala na vítima. E Joaquim Vieira de Lucena Neto, 21, sem antecedentes.
 

Em frente à TUF, na Vila Demétrio, morreram Carlos Victor Meneses Barros, 23, Emilson de Melo Júnior, 27, Adenilton da Silva Ferreira, 24. Todos sem antecedentes criminais. 


Já na rua Joaquim Magalhães, foi morto Pedro Braga Barroso Neto, 22. Ele respondia por crimes de roubo e por associação criminosa.

 

 

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