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Seu computador pode ser arma de um Cyber crime
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Seu computador pode ser arma de um Cyber crime

| CRIPTOMOEDAS | Hackers se aproveitam da velocidade dos computadores para garimpar moedas virtuais no mercado. Não há prejuízo financeiro, mas redução da performance dos servidores
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Com a proliferação das criptomoedas, sendo o bitcoin a mais conhecida, seu computador pode virar arma de um roubo. Isso porque os hackers começam a enxergar oportunidade de obter receita as custas dos usuários da web. Prova disso foi a descoberta de mais um cybercrime no segmento das moedas virtuais pela empresa cearense Morphus Segurança da Informação.
[SAIBAMAIS] 

“Recebemos alguns relatos sobre uma campanha maliciosa que está implantando mineradores da criptomoeda Monero no computador das vítimas. Depois de analisarmos o ambiente comprometido, percebemos uma vulnerabilidade crítica”, destaca Renato Marinho, chefe de pesquisa do Morphus Labs. A “brecha” foi encontrada no software Oracle WebLogic.
 

Os ataques foram analisados pelo gestor em parceria com o Johannes Ullrich, reitor da SANS Internet Storm Center, organização que trabalha com cibersegurança. Ao todo, a invasão aos computadores rendeu US$ 226 mil (R$ 709 mil) aos hackers. “Não houve prejuízo financeiro para os clientes, mas sim em termos de performance de seus servidores, comprometidos pela ação”, explica Renato.
 

A tendência é que os hackers avancem ainda mais no segmento das criptomoedas. Isso porque a entrada massiva de investidores e a valorização do bitcoin, que ano passado chegou a fechar acima de 900%, são os chamarizes para os cibercrimes. “Observamos uma migração dos ataques para a mineração das criptomoedas. Existem inclusive malwares (softwares maliciosos) já desenvolvidos no Brasil que visam roubar senhas dos investidores e retirar o valor das carteiras”, alerta.
 

Ele afirma que os novos cybercrimes seguem, em alguns aspectos, a mesma linha de ataques a bancos na internet. “Você terá uma senha para acessar o portal da corretora. Esses malwares copiam a página. O cliente acredita que está acessando um portal confiável. Assim, eles roubam as informações do usuário”, afirma.
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Outro ataque que tem se tornado comum envolve a memória do computador. “Quando você transfere um dinheiro de uma carteira para outra, você precisa colocar o número. Geralmente é extenso e poucas pessoas conferem e apenas copiam e colam. O que eles fazem: mexem na memória e alteram esse número. Em vez de transferir para a carteira correta, está enviado para a do hacker”, esclarece.
 

O consultor Pierre Schurmman, sócio da Bossa Nova Investimentos, aponta que as criptomoedas ficaram acessíveis. “É justamente com a falta de atenção que se aumenta o risco. Se você não passa sua senha do banco, deve manter o mesmo cuidado para quem envia um e-mail, SMS ou liga em busca de informações sobre sua reserva de moedas virtuais”, alerta.
 

Ele indica proteger especialmente a chave privada, responsável pela execução no mercado de compra e venda. O mau gerenciamento ou armazenamento, ao cair nas mãos de um hacker, pode resultar em perdas. O ideal é imprimir o número e apagar todos os arquivos do computador. Outra solução é criptografar um dispositivo USB par armazenar a chave privada. 

 

“Diferentemente das instituições bancárias, onde pode ocorrer o rastreamento do valor e de quem executou a transação, no universo das criptomoedas, as chances de reaver os valores são quase nulas”, esclarece. 

 

CUIDADOS COM AS CRIPTOMOEDAS
 

TENHA POUCO DINHEIRO DISPONÍVEL
 

Use sua carteira das criptomoedas como você usa a carteira que fica no seu bolso. Não deixe todo seu patrimônio em uma carteira de rápido acesso. Deixe apenas para gastos pontuais, para uso no dia a dia. O restante deve ficar em um ambiente seguro, offline.

MANTENHA A CARTEIRA OFFLINE

 

Mantenha sua carteira offline, desconectada da internet — uma boa opção é usar uma Ledger, carteira de hardware que armazena ativos criptográficos. Essa prática é conhecida como cold storage (armazenamento frio). Quando precisar fazer uma transação, transfira o valor para um dispositivo conectado.


PROTEJA SUA SENHA
 

 

Senhas seguras normalmente usam letras maiúsculas e minúsculas, números e caracteres especiais. Embora a tentação seja grande, não use a mesma senha do seu e-mail ou das suas redes sociais (elas podem ser facilmente roubadas por um programa espião).
 

 

Se estiver inseguro, use um software especial de geração de senhas fortes e um gerenciador, semelhante ao LastPass. Lembre-se, porém, que, se você esquecer a senha, seu saldo pode ser perdido permanentemente. As opções de recuperação de senha são limitadas. Se possível, mantenha uma cópia senha e da recuperação guardada em lugar seguro.

USE AUTENTICAÇÃO EM 2 PASSOS
 

Prefira usar a autenticação de dois fatores (senha %2b outra verificação — um código temporal gerado por um aplicativo) para os bitcoins que estiverem na carteira online. Para todos os sites que lidam com bitcoin e outras criptomoedas e que permitem configurar uma autenticação em dois passos, recomenda-se fortemente que você utilize o Google Authenticator.


NÃO SE ESQUEÇA DE ENCRIPTAR
 

Tanto a carteira online quanto a offline, que fica no disco externo, devem ter seus dados encriptados para garantir a segurança. E não se esqueça de colocar senha na sua carteira.


USE ANTIVÍRUS NOS DISPOSITIVOS


Um bom antivírus vai manter os malwares longe e evitar que invasores tenham acesso à sua carteira (esteja ela on ou offline).

FONTE: FOXBIT E GUIA DO BITCOIN   

 

 

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