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Política. Lula perde até quando os adversários sofrem
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Política. Lula perde até quando os adversários sofrem

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UM VOLUME importante de decisões tomadas pela justiça ao longo da semana passada indica uma consolidação da tese de que a prisão de um condenado deve acontecer já a partir da segunda instância no País. A mais barulhenta envolveu o deputado João Rodrigues, do PSD de Santa Catarina, notório e ácido crítico do PT, e que, ao ser preso por agentes da Polícia Federal atendendo determinação do STF, reagiu dizendo-se “bode expiatório”. O paradoxo é que o recolhimento, na visão dele próprio, objetiva dar legitimidade ao que se imagina estar para acontecer com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um dos alvos prediletos, até então, da verve retórica do deputado.

Foram dias movimentados em relação ao tema, que está na ordem do dia do debate político por causa de Lula. Além do episódio envolvendo o deputado João Rodrigues, houve uma outra prisão, de Luiz Eduardo Oliveira, irmão do ex-ministro José Dirceu, e que teve negado recurso pelo TRF-4, de Porto Alegre, em relação a sentença condenatória do juiz paranaense Sergio Moro. Uma outra indicação de que, realmente, parecem contados os dias de liberdade do ex-presidente.  

Finalmente, fechando o calendário semanal, veio a decisão do ministro Edson Fachin, do STF, de negar habeas corpus preventivo a Lula e, pior, encaminhar o caso diretamente ao plenário. Sem passagem pela Segunda Turma, como seria o rito normal. O caminhar das coisas, como dizem seus adversários, coloca o petista mais próximo da prisão do que de um palanque eleitoral em 2018.  

Guálter George EDITOR-EXECUTIVO

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