Logo O POVO+
Economia. Os índices são claros, mas a política atrapalha
DOM

Economia. Os índices são claros, mas a política atrapalha

Edição Impressa
Tipo Notícia

NÚMEROS A semana de resultados positivos na economia veio dar boas vindas ao Carnaval e ao ano que começou. Viu-se a taxa de juros básicos, a Selic, cair de 7% para 6,75% ao ano e os bancos seguirem este ritmo já anunciando corte de juros. A inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desacelerou em janeiro, com variação de 0,29%. Foi a menor para o mês, desde a criação do Plano Real. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ainda trouxe o dado de que a produção industrial nacional teve alta de 2,8%, com o Ceará crescendo acima (4,9%). Nesse bloco positivo, o varejo também não ficou para trás e encerrou 2017 com alta de 2%. Ele, que tanto sofreu com a redução de consumo das famílias, agora abre alas para novo fôlego em 2018. Se a banda continuar a tocar como está, não restam dúvidas. 

 

Os números mostram que a economia anda sem a política. Mas, não é hora para festejar e jogar confetes. Eles, os políticos, ainda podem atrapalhar o cortejo dos bons índices. Vê-se pelo vai e vem de datas para a votação da reforma da Previdência. Isso traz instabilidade. O governo Michel Temer (MDB) promete. Faz mudanças. Há novo prazo previsto. Votação até dia 28. Mas, em ano eleitoral, será que vai? A tendência é ficar para o próximo presidente. Enquanto isso, a confiança do consumidor e empresários vai se mantendo. Não tão firme. Ainda há ressabio. Afinal, a imagem do risco Brasil lá fora ainda está comprometida pelo rebaixamento do rating do País.  

Beatriz Cavalcante EDITORA-ADJUNTA

O que você achou desse conteúdo?