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Seja óleo, bateria, lâmpadas ou eletroeletrônicos, o reaproveitamento desses materiais se reverte em retorno para a cadeia produtiva. É o conceito de evitar perdas sendo levado para além da produção do novo. Reutilizar o que está prestes a ser descartado gera economia e impacto em outras frentes de negócios.
[SAIBAMAIS]
Há mais de 20 anos, a Gerardo Bastos realiza a logística reversa de óleos lubrificantes usados. As filiais armazenam cerca de 6 mil litros do produto, mensalmente, coletados pela empresa Lwart. O crescimento da operação, neste ano, foi de 15% comparado a 2016.
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O óleo recolhido passa por um processo de refino e 70% voltam para o mercado como novo, enquanto 30% viram subprodutos, sendo utilizados na área da construção civil, a exemplo da manta asfáltica.
Na visão de Sérgio Araujo, coordenador de meio ambiente da Enel, a importância da logística reversa ocorre pela questão da sustentabilidade. “Quando você faz a logística reversa, isso volta para a cadeia produtiva. Além de deixar de produzir lixo, está poupando recursos naturais que serão usados pelas futuras gerações”.
Como exemplo se tem o Ecoenel, programa de sustentabilidade da Enel, inaugurado dia 18 de dezembro, no Shopping Iguatemi. É o primeiro ano de coleta apenas para troca de produtos como celulares, computadores, CPU, fogões elétricos, impressoras, máquinas fotográficas, micro-ondas, notebooks. O segundo vai funcionar na avenida Deputado Paulino Rocha, 1690.
Já a Lurex Distribuidora de Baterias recebeu, neste ano, 700 toneladas de baterias velhas. Em torno de 15 toneladas por semana. Há mais de dez anos aplicando a logística reversa, a empresa usa da estratégia de dar desconto ao consumidor que entregar o produto. Segundo Daniela Viana, gerente de logística da Lurex, 70% das pessoas devolvem a bateria usada por conta do abatimento na compra da nova, que gira de R$ 20 a R$ 80.
Agrotóxicos
A logística reversa também pode ser aplicada a agrotóxicos, embalagens e produtos com componentes químicos. No Ceará, quem cuida disso é a Cearosa, empresa de legumes e verduras recém adquirida, em parte pela Itaueira.
Segundo Gabriela Selbach, da área Administrativa e de Marketing da Cearosa, as embalagens vazias dos defensivos agrícolas passam por um processo de tríplice lavagem e em seguida são inutilizadas.
Posteriormente, os frascos inutilizados são armazenados em baia de reciclagem para serem enviados ao posto de recebimento na cidade de Ubajara. Em média, de janeiro a outubro deste ano, fizeram parte da logística reversa, 6.205 Kg de não recicláveis e 2.585 Kg de plásticos na Cearosa.