A academia deixou de ser um espaço dedicado apenas à musculação ou treinos aeróbicos. A inserção de novos serviços dá o tom da mudança. Essa é uma das apostas da Green Life, empresa que possui cinco unidades, sendo quatro em Fortaleza e uma no Eusébio.
“Nosso foco hoje é a família. Agregamos não somente os tradicionais serviços, mas também temos danças de salão e balé fitness. O cliente gasta o tempo com a família, onde o pai, por exemplo, treina musculação à noite enquanto o filho vai karatê. Isso faz com que a academia vire um clube”, destaca Zezinho Jereissati, sócio-proprietário da rede de franquias. Em uma de suas unidades, o empresário afirma a instalação de piscinas e quadras de tênis para atender os mensalistas. Duas novas unidades em Fortaleza estão em fase de construção.
As crianças também são beneficiadas com o modelo de treino. Os pequenos não pegam pesado assim como os adultos. “Temos uma metodologia que é focada para a criança ter autoconfiança. Auxiliamos no processo de desenvolvimento de funções motoras”, afirma. O trabalho é feito com crianças de seis semanas de vida até 12 anos.
[FOTO2]Fernando Braga, também sócio-proprietário da Green Life, explica que a modalidade é baseada na sistemática da academia norte-americana My Gym. São inseridas atividades que estimulem, além da coordenação motora, a interatividade, estimulação visual e sonora, aulas de música, ginástica infantil e atividades lúdicas.
Em relação aos preços aplicados nas academias da rede, ele aponta que cada unidade responde de acordo com o poder aquisitivo da população residente no bairro. “É feita uma pesquisa de mercado para avaliar quais são os preços mais aplicáveis para cada região. O valor cobrado no Eusébio, por exemplo, pode ser diferente do praticado na Maraponga”, afirma. O cliente opta por planos de R$ 169 a R$ 390.
Low cost x personalizadas
A chegada da rede de academias Smart Fit - low cost (baixo custo) -sacudiu o mercado em Fortaleza. Estabelecimentos que não tiveram condições de brigar em pé de igualdade saíram do mercado. Agora, a onda do baixo custo começa a se estabilizar. “Não tenho nada contra as academias de baixo custo. O público deles é um. Geralmente, são pessoas com certa autonomia de treino e que não precisam de supervisão. Mas se você possui alguma condição restritiva (e não impeditiva), eles não vão entregar isso ao consumidor”, diz Rossman Cavalcante, sócio-proprietário da academia Personal Care, no bairro Mucuripe, e colunista do O POVO. A unidade atende jovens, adultos, esportivas e grávidas. Os preços variam de R$ 290 a R$ 690. Até o fim deste ano, a Personal Care deixará de existir. Rossman e o sócio Hélder Montenegro vão abrir a Green Zone, na rua Frei Mansueto, na Varjota.
Segundo aponta Rossman, esse diferencial se configura como oportunidade para as academias tidas como personalizadas. O negócio não é disputar, mas sim atuar de forma segmentada. “Vimos que era difícil competir no preço. Então, optamos por segmentar ainda mais nosso serviço e, assim, atrair a clientela”, ressalta.
O modelo também é seguido pela academia Ayo Fitness Club, localizada no bairro Guararapes. “Também fazemos um trabalho de capacitação técnica periódico. É feita uma avaliação mensal dos indicadores, para saber o resultado que está sendo ofertado para os nossos clientes”, pontua a empresária Sasha Reeves. Os planos partem de R$ 324 e oferecem serviços como musculação, aulas de ginástica, bike, ioga, alongamento, vôlei, futevôlei e artes marciais.