A juíza plantonista Mônica Cézar Moreno Senhorello acatou o pedido do Ministério Público de Goiás e determinou, na noite de ontem, a internação provisória, pelo prazo de 45 dias, do adolescente de 14 anos que atirou contra colegas de classe no Colégio Goyases, em Goiânia. Dois estudantes foram mortos e quatro ficaram feridos. De acordo com a decisão, o jovem deverá se apresentar ao Juizado da Infância e Juventude nesta segunda-feira, 23. Desde a última sexta-feira, 20, data do atentado na unidade educacional, ele está na Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai).

A advogada do adolescente afirmou que não houve omissão por parte dos pais no cuidado em relação à arma. “Não foi omissão, mas eu não vou dar mais informações agora porque não estou autorizada”, disse Rosangela Magalhães, após sair da Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai), depois de o garoto ser ouvido pelo Ministério Público.

Haverá apuração se houve descuido dos pais e se seria possível uma responsabilização por o adolescente ter tido acesso à arma, pistola de calibre 40. Ontem, o depoimento do adolescente foi em relação ao processo judicial, e não o da PM. A advogada evitou comentar a estratégia da defesa e as informações do promotor Cássio Sousa Lima, que pediu a internação provisória por 45 dias, até o julgamento do caso no Juizado da Infância e do Adolescente.

Agência Estado