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A semana: Uma Copa que vale a pena ser vista
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A semana: Uma Copa que vale a pena ser vista

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Novembro de 2013. Maior craque da Suécia, Zlatan Ibrahimovic mostra que a habilidade com a língua se equipara à das pernas e profetiza: “uma Copa sem mim não vale a pena ser vista”. A óbvia hipérbole se provou boato após o Brasil sediar a melhor Copa do Mundo em anos — com 7 a 1 e tudo. Outubro de 2017. Caxingando, a Argentina perigava ficar fora do Mundial pela primeira vez desde o México-70, quando viu de casa o Brasil levantar a taça do tri. Só que entre o falastrão Ibra e o caladão Messi, há um par de léguas em qualidade. Na terça-feira, o 3 a 1 contra o Equador, em Quito, garantiu uma chance de o craque do Barcelona quebrar os 24 anos de jejum da Argentina, cujo último título do futebol masculino profissional veio em 1993 — quando Messi tinha seis anos. Com magia, o argentino ganhou uma chance extra, talvez a última, de mostrar que é tão gênio de uniforme azul e branco quanto no azul e grená do Barcelona. A atuação no Equador prova que, se necessário, Lionel Messi mata um gigante por dia e carrega as esperanças de 44 milhões de fanáticos por futebol. E é difícil duvidar do melhor jogador do mundo em cinco dos últimos nove anos, finalista da Copa em 2014. É difícil duvidar de alguém que nasceu para o esporte. Que é capaz de dobrar defesas, arrancar aplausos de rivais. Uma Copa sem Messi vale a pena ser vista? Por sorte não precisaremos descobrir. Pelo menos até 2022. 

 
André Bloc
Jornalista do O POVO

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