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A semana: Tasso, Ciro e as paixões políticas
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A semana: Tasso, Ciro e as paixões políticas

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A candidatura de Tasso Jeiressati (PSDB) ao Governo do Estado ainda é uma incógnita. Entretanto, é impossível negar que essa possibilidade - nem confirmada nem negada em público pelo tucano, revelada e super desejada pela oposição, e temida pela base de Camilo Santana (PT) - mexeu profundamente com a política local. Afinal, o senador cearense é um nome de peso dentro da estrutura de poder montada atualmente, além de mobilizar paixões, seja pelo lado positivo, seja pelo negativo. A ponto de o presidenciável Ciro Gomes (PDT) subir o tom das críticas a seu antigo padrinho eleitoral, com o qual tentava manter relação amistosa. Ao afirmar que uma quarta tentativa de Tasso de chegar ao Palácio da Abolição seria uma “traição” contra o atual governador, Ciro faz movimento perigoso.

Primeiro porque entrega a seus adversários munição de contra-ataque, tendo em vista o histórico de rompimentos protagonizados pelos Ferreira Gomes. Segundo porque cria um forte clima de instabilidade dentro da gestão Camilo Santana. Maia Júnior, filiado ao PSDB há mais de duas décadas, chegou à Secretaria do Planejamento após cirúrgica negociação do petista, numa estratégia que visava tanto melhorar a qualidade das ações do Executivo como neutralizar um pedaço importante da oposição.

No campo político, Camilo já tinha uma dor de cabeça das grandes a enfrentar com o surgimento do fator Tasso. No administrativo, tem agora um espinhoso abacaxi para resolver, colocado em seu colo por Ciro Gomes, cujo descontrole verbal mais atrapalha do que ajuda.  

 
Ítalo Coriolano
Editor-adjunto do Núcleo de Conjuntura

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