A lógica do futebol é provocativa e desafia o tempo todo. Desde 2010 jamais um elenco do Fortaleza foi tão criticado como o atual. Tecnicamente com muitos problemas desde a montagem no começo do ano, foi justamente o grupo mais xingado pela torcida que conseguiu libertar o clube de oito anos na Série C do Campeonato Brasileiro. Nesse período, foram temporadas de sofrimento e desgaste, quase rebaixamento para a quarta divisão e insucessos em jogos decisivos atuando no Castelão quando o regulamento registrou a necessidade do mata-mata. Entram agora as merecidas comemorações, recheadas de alívio que vão durar o tempo necessário para cada torcedor se convencer de que o Fortaleza vai disputar a Série B em 2018. De cara, na semana que vem, já tem partida de ida da semifinal da Série C contra o Sampaio Corrêa-MA, em casa. Na semana seguinte, em São Luís. Se o cenário está posto e o passado já foi escrito, é fundamental lembrar que o futuro ainda não. As lições de tantos anos precisam ser aprendidas com urgência. O desafio mais relevante para a atual diretoria é evitar que o Fortaleza cometa erros que o façam regredir. Inteligência, serenidade e senso crítico serão essenciais.