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Leão. A celebração tricolor em Juiz de Fora
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Leão. A celebração tricolor em Juiz de Fora

Na comemoração do acesso, ainda no gramado, dirigentes e jogadores choraram e comemoraram, lembrando episódios da caminhada na Série C
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O apito final do jogo nem terminara de ser soprado e o diretor de futebol do Fortaleza, Marcelo Paz, já invadia o campo, correndo, com os braços abertos. Procurava o primeiro atleta que conseguisse alcançar para descarregar um abraço atrasado. “Vocês sabem o que eu passei nesses três anos (referindo-se às duas quedas nas quartas de final da Série C, em casa, em 2015 e 2016), mas é passado, hoje é alegria e eu devolvo com amor”, desabafou.


Os jogadores, porém, corriam no sentido da torcida, que não continha a euforia na arquibancada. Os mais ouriçados chegavam perto do alambrado, em busca de uma recordação qualquer daquela partida, histórica, que recolocava o clube na Série B após oito anos.


Hiago chegou a tirar os meiões e entregá-los como símbolos do acesso. Perto dali, Lúcio Flávio, de joelhos no gramado, orava aos gritos. E Leandro Lima, um dos mais emocionados, chorava.

[SAIBAMAIS]
O técnico Zago nem conseguia chegar perto da torcida. Era interceptado por abraços de diretores e funcionários do Leão a todo instante. Um deles foi o executivo de futebol Sérgio Papellin. “Eu disse que vinha para cá pra buscar o acesso. Sempre acreditei nas pessoas que fazem o time e no grupo. E repito: Série C é o c******”, disse.

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O segundo vice-presidente, Marcelo Desidério, chegou ao gramado acompanhado do presidente do Conselho Deliberativo, Demetrius Coelho. O primeiro, de olhos marejados; o segundo, aos prantos. Após abraços nos atletas, Desidério se afastou da multidão e gravou um vídeo para o filho, que faz intercâmbio. “Deu certo. Olha a festa. Acho que o pé frio era você”, brincou. A essa altura, o grupo todo interagia com a torcida. “Uh, é Série B”, era gritado do campo e ecoava na arquibancada.

Serenidade


Quem mais demorou a chegar no gramado foi o presidente Luís Eduardo Girão. Andava sem pressa, acompanhado de familiares e amigos. Não quis conversa com ninguém antes de falar com todos os jogadores.

“Falo, sim, depois que cumprimentar os guerreiros”. Seu abraço mais demorado foi dado em Ronny. Antes de conversar com todos, porém, foi celebrado por parte dos jogadores, que o jogaram para cima.


“Quero dedicar esse acesso ao Paulo Bonamigo (ex-técnico). Não só porque hoje (ontem) é (foi) aniversário dele, mas porque ele chegou ao time em um momento muito difícil e ajudou a organizar o clube”, declarou. Com o acesso conquistado, o presidente do Fortaleza, que largou a vida nos Estados Unidos para se dedicar ao clube, quer mais: “O Fortaleza sempre entra em campo para vencer. Vamos tentar passar pelo Sampaio nas semifinais e chegar ao título da Série C”.


Bem ao estilo do presidente, antes de deixar o gramado, o grupo se reuniu em círculo e, de joelhos, fez agradecimentos. Pablo e Boeck pediram a palavra. Lembraram-se das desconfianças da torcida, dos episódios de violência, da invasão à casa de Everton. “Mas hoje nós estamos na Série B”, encerrou o goleiro Boeck, com um grito.

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