Com os prazos apertando, a Câmara adotou postura previsível de empurrar a reforma política com a barriga. Antes, os deputados pretendiam aprovar o distritão, sistema pelo qual se elegem os mais votados, e o fundo partidário com cifra estratosférica para banca o pleito do ano que vem. Como não houvesse entendimento sequer na base do governo, que se dividiu entre apoiar o fundo e condená-lo, os parlamentares resolveram rebaixar as expectativas: saem fundão e distritão, entram fim das coligações para eleições proporcionais - mas só a partir de 2020 -, com votação prevista na semana que vem. A mensagem é clara: segue o jogo, e os candidatos que eventualmente estejam em 2018 farão uma batalha sob as mesmas regras de 2014. .
Henrique Araújo
Editor-adjunto do Núcleo de Conjuntura