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Dois dedos de prosa com Célio Paiva
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Dois dedos de prosa com Célio Paiva

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Goiano que aterrissou na capital cearense há 18 anos, Célio Paiva, 47, movimentou a Praia de Iracema com seu Amici’s de 2000 até a madrugada de hoje, 27. Localizado na área do entorno do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, o local – que já trabalhava há três “no vermelho” – resolveu, enfim, fechar suas portas, encerrando um ciclo importante no entretenimento da Cidade. Colocando como pontos cruciais a questão do comércio informal, aliada à insegurança e a presença dos flanelinhas, o empresário conversou com o O POVO sobre os motivos de sua decisão, propôs alternativas para o bairro e adianta seus planos para o futuro.      
 


Teresa Monteiro
teresamonteiro@opovo.com.br
 


OPOVO - Já falamos em outro momento sobre o fechamento do Amici’s, mas queria saber em que momento você disse “chega”? Houve algum episódio específico na casa que tenha contribuído pra isso?
 

Célio - Já faz um tempo, né... Já faz uns três anos que a gente vem sofrendo ali com aquele comércio informal na nossa área. A feira da José Avelino, ela foi um problema, mas não o principal. Para nós, proprietários de bares e restaurantes, a gente entende que a feira era o terceiro problema. O primeiro sempre foi o comércio informal mesmo e, em segundo – por mais que ele seja pequeno, que é a questão dos flanelinhas – mas é um caso muito sério porque a raiva do cliente começa quando ele para o carro, quando ele chega no Dragão. Ele sai de casa, se prepara pra curtir a noite e tal, mas quando chega, que para o carro, já começam os problemas, que é quando ele é abordado. Principalmente mulher, que os flanelinhas pedem R$10, R$20... e tem que pagar antecipado! Por isso que a gente coloca nessa ordem. E a feira é por causa do estacionamento porque os clientes que vão de carro não têm onde parar. Nos últimos meses, esse problema foi amenizando porque metade daquela feira saiu - mas a outra metade continua lá – então aliviou um pouco a questão do trânsito. Só que, como surgiu o Uber e muita gente anda nele – o que é até aconselhável pra quem quer curtir e pra quem bebe, não dirigir.... Então ele veio pra salvar esse público aí. Então há três anos, a coisa foi se agravando e muito e a gente participou de várias reuniões.
 


OPOVO - Você se refere a isso enquanto Amici’s ou Associação Dragões do Mar?
 

Célio - A associação, que reúne os comerciantes da área ali... Tivemos reuniões no gabinete da vice-governadora (Izolda Cela), tivemos duas ou três reuniões na Casa Civil. Porque a gente vinha pressionando, (havia) muita gente importante nessas reuniões, e ninguém pra dar aquela canetada, sabe? Quem resolve mesmo não estava! Aí, no final da gestão passada do prefeito, a gente esteve no gabinete e ele nos garantiu que iria resolver o problema da área, do comércio infomal, mas que precisava passar as eleições porque... A gente entende, né? Prefeito nenhum, candidato nenhum vai mexer com o comércio informal de uma cidade numa eleição. Enfim... Passou, ele foi reeleito e aí tivemos que esperar passar as férias porque ele teria que mudar todos os secretários, aquele negócio todo, aí veio Carnaval e essa crise no País só arrochando a gente... Três anos atrás, a gente vindo nessa briga toda, nessa luta até resolver os problemas e nada sendo resolvido, e as contas foram apertando e eu sempre trabalhando no vermelho e o calo foi aumentando, foi apertando, começando a doer e eu não tendo dinheiro pra pagar as coisas, o salário dos funcionários atrasado...

 

O POVO – Quem faz parte da Associação Dragões do Mar?
 

Célio – É todo o comércio daquela área e também bancos (Bradesco, Caixa Econômica), o centro cultural, a agência Advance... Não são só bares e restaurantes.

 

O POVO – Você disse que está trabalhando no vermelho há uns três anos?
 

Célio – É. Pra você ter uma ideia, há uns oito anos, eu cheguei a ter quase 60 funcionários! Hoje eu tô com 11. E os alugueis não diminuem, a Coelce não diminui, a Cagece não diminui, cai o faturamento e você meio que vai ficando desesperado. Quando passou o Carnaval, foi até uma decisão dos funcionários: “Célio, fecha um mês pra férias coletivas, aí você vai respirar”. E eu achei muito massa essa sugestão da parte deles. Fechei por 30 dias e até a Cidade achou que eu tinha fechado de vez! Fortaleza ainda não está acostumada com isso, né? Mas é muito normal lá fora, nos Estados Unidos, etc. Quando eu voltei depois desses 30 dias, praticamente metade deles não voltou a trabalhar porque acabou arrumando emprego em outros locais. E foi um baque muito grande! Perdi várias pessoas importantes: perdi pizzaiolo, barman, caixa, garçom... Principalmente na área da pizza porque, pra eu formar um pizzaiolo, leva uns seis meses! E aí nada das reuniões. Eu resolvi parar quando a gente conseguiu marcar fazer uma reunião com o prefeito pra final de julho, dia 27, ele viajou pros Estados Unidos e pediu pra remarcar pro final de agosto. Aí eu disse: não aguento, não dá mais.

 

O POVO – Além da falta de segurança na área, você havia falado também a respeito da falta de um entendimento entre Estado e Prefeitura. Da grade (do Centro Dragão do Mar) para dentro, seria responsabilidade do Governo; da grade para fora, já é coisa da Prefeitura, e as duas não se entendem...


Célio – Isso é interessante porque ninguém toca nesse assunto.  Mas eu vou dizer, até pra poder ficar aqui registrado pra que Prefeitura, Estado e Polícia corrijam esse erro. O Dragão do Mar, a gente costuma dizer que ele é uma Faixa de Gaza. Ali é divisão de área, de regionais. Do Órbita pra Aldeota, pertence a Regional II e, do Órbita para o Dragão do Mar e Centro, pertence à Regional Centro. Como eu sou de Goiás, eu sou de uma região que tem divisa com Brasília. O governo de Goiás não faz nada naquela cidadezinha ali e espera que Brasília faça, e Brasília também não faz nada porque espera que Goiás faça, e é uma região muito perigosa! O crime ali é altíssimo. E o Dragão do Mar é isso. Está nessa Faixa de Gaza onde Prefeitura meio que não faz muita coisa porque o Estado é que parece que domina ali o Dragão do Mar. Mas só que essa área, esse entorno, essa praça, ela não é Estado. É Prefeitura.

 

O POVO – Como era essa área quando você chegou com o Amici’s há quase 20 anos?
 

Célio – Sempre foi desse jeito. Desde que o Dragão do Mar foi inaugurado, pra nós, comerciantes da área, sempre foi um problema muito sério isso da gente não conseguir resolver as coisas. Só que, no primeiro governo da Luizianne, o Centro Dragão do Mar pertencia à Regional II que, na época, tinha um secretário muito legal, tinha uma parceria boa com ele, fazia as fiscalizações pra esse comércio informal. Quando ela se reelegeu, eu acho que já mudou pro Centro. Só que a secretária na época, a Luiza Perdigão, assumiu e já recebeu essa secretaria nova cheia de problemas, com aquele comércio no Beco da Poeira, ali na Igreja da Sé, e ela acabou que não tinha braço pra resolver. Aí o Dragão do Mar foi ficando de lado. Foi assim que eu vi toda essa história acontecer.
 


O POVO – Diante desse quadro, você arriscaria fazer uma projeção de como ficará aquela área se não forem atendidas essas reivindicações?
 

Célio – Olha... Só quem tem o poder da caneta aqui é o prefeito. Porque o problema ali é mais Prefeitura do que Estado. O Estado é a questão da segurança, né? Mas, ali é preciso resolver o problema do comércio ambulante, por quê? Porque ele camufla muita coisa. Ele camufla muita coisa de ruim. É uma cortina de fumaça, como a Patrícia (do Órbita Bar) fala. Se esse problema for resolvido, alivia bastante pro lado da Polícia. E também nunca houve um trabalho de inteligência da Polícia ali. Rola muito comércio de drogas naquela área toda. Eu não me lembro de ter participado de qualquer reunião que tivesse alguém da Polícia Civil. E isso é um problema muito sério.

 

O POVO – Você já sofreu algum tipo de ameaça?
 

Célio – Nossa! Eu fui assaltado na rua José Avelino, ali próximo ao bar do reggae. Numa quinta-feira, por volta de 23h30min, veio um por trás de mim e outro pela frente, colocaram uma arma na minha testa e levaram tudo: meu carro, tudo!

 

O POVO – E como você acha que poderia ser solucionado esse problema, afinal?
 

Célio – O prefeito, como eu falei, ele tem esse poder da caneta. Eu sei que é um problema complicado mexer com o comércio informal, mas pra ele, que mexeu no comércio da José Avelino, que é mil vezes pior... Mas o comércio ali dos ambulantes é muito fácil de se resolver. Para não parecer que a gente é contra os ambulantes, a gente sabe que tem pai de família ali, tem a tiazinha que está há mais de 10 anos lá...

 

O POVO – Até porque ali é espaço público, né? Da porta pra fora, já é calçada. Então você não pode impedir que os ambulantes trabalhem também...
 

Célio – Sim, mas o comércio é informal. E, sendo assim, prejudica quem é formal. Eu cheguei a pagar R$ 28 mil por mês de (imposto) Supersimples. Hoje não dá R$ 2 mil, R$ 3 mil. Olha quanto o Estado deixou de faturar aí! A Dragões do Mar, junto com a associação da Praia de Iracema, tivemos uma reunião na qual se sugeriu linkar o Dragão do Mar com a Praia de Iracema. Fazer um corredor descendo ali pela avenida Almirante Jaceguai até o Pavilhão Atlântico e fazer ali uma área bem bonitinha pra ficar uns 30 ambulantes – eu sugiro que sejam da comunidade do Poço da Draga – e também sugeri na época que o bloco Bons Amigos passasse a ensaiar lá. A gente fez esse projeto, ele é muito legal porque ficaria seguro, teria que ter uns policiais e todo mundo sairia ganhando.

 

O POVO – Queria puxar um pouco da memória afetiva do bar. Quais teriam sido pra ti os pontos altos desse tempo todo de Amici’s?
 

Célio – O DJ Marquinhos, que participou muito da história do Amici’s, fez um comentário nas redes sociais dizendo que se lembrava bem que teve uma época em que o Amici’s fez mais shows do que o próprio Dragão do Mar. Porque a gente tinha shows de quinta a domingo. E isso toda semana. A gente fez um cálculo na época e realmente foi isso mesmo. No auge do Amici’s, de 2004 a 2008. Porque teve a Farra na Casa Alheia, que foi uma das maiores festas desse Brasil – senão a maior – durou 12 anos e foi quando a gente começou a trazer as bandas de fora. Acho que Mundo Livre S/A não vinha a Fortaleza há muitos anos, Pinduca não vinha a Fortaleza há sete anos, Falcão não fazia show há uns cinco, sete anos, Elza Soares... Nossa, teve muita coisa! A gente fez um show com o Monarco, Marku Ribas (1947-2013) foi um show antológico... Eu costumo dizer que, pra mim, foi o melhor show do Amici’s o do Marku Ribas. Porque eu não o conhecia e não sabia que existia música daquele estilo no Brasil. Ele era fantástico! Fora a Casa do Blues, que nasceu no Amici’s, né? Acho que o primeiro show do Artur Menezes foi lá, ele ainda era menor de idade.

 

O POVO – Com relação ao bloco carnavalesco Bons Amigos, como vai ficar a relação a partir de agora? Irá continuar?
 

Célio – Claro, claro! Não tem como... Porque o bloco começou como uma brincadeira, mas depois virou um amor eterno. Mas assim, por ele fazer um som muito alto ali, eu acho que ele nunca despertou um olhar do Dragão do Mar. Metade dele é formada pela comunidade do Poço da Draga. Têm crianças ali que começaram com cinco anos de idade e, hoje em dia, estão com 14, 15 e são até diretores. Eu acho que, por ele fazer muito barulho, ele meio que incomodava muito o Dragão. Eu entendo. Entendo porque o Dragão passou a fazer uns shows mais fechados mas, de uns tempos pra cá, passou a ter muita coisa fora. O bloco, hoje, ele está indo – a convite da Secultfor – ensaiar na Monsenhor Tabosa. Está garantido até o Pré-Carnaval, tem um palco lá e faz parte de um projeto do (secretário de Turismo) Alexandre Pereira de integrar a Praia de Iracema ao Dragão do Mar, Monsenhor Tabosa, Mocinha e Mercado dos Pinhões. Então foi bom porque ele, bloco, acabou de encontrar um padrinho. Mas o que me dói um pouquinho é que o Dragão do Mar teria que ter enxergado algo nesse bloco. Ele teria que ser apadrinhado pelo Dragão do Mar, ter abraçado essa causa, e isso nunca aconteceu. Mas também eu nunca fui lá oferecer para o Paulo Linhares (presidente do Instituto Dragão do Mar), mas eu acho que ele deveria ter olhado o bloco diferente, encaixar ele em alguma programação... Porque o bloco não tem cachê. O que ele precisa? Do som, sabe...

 

O POVO – Deixando de lado a função do empresário, o que você acha que a Cidade irá perder com o fim da casa?
 

Célio – (pausa) Eu pensei muito antes de tomar essa decisão. Tanto é que eu procurei oferecer (o local), inclusive, para pessoas que tivessem o perfil do Amici’s pra assumir porque eu não queria que essa história morresse. Quando eu tomei essa decisão, ela repercutiu mais do que eu imaginava nas redes sociais, no próprio O POVO com mais de 200 mil acessos, enfim... Perde, né? Perde muito porque existe esse movimento puxado pela Secretaria de Turismo, junto com o Fórum de Turismo também, de tentar requalificar aquela área. Eles criaram um Conselho da P.I. e eu estou nele. Mas eu não tive escolha. Quando eu anunciei que o Amici’s iria fechar, isso provocou uma coisa muito ruim, muito negativa pra toda a Cidade porque até quem estava pensando em ir para aquela área, hoje talvez já não vá mais.

 

O POVO – E quanto ao futuro? O que você pensa em fazer a partir de agora?
 

Célio – Quando eu vim pra Fortaleza, foi pra montar o Buoni Amici’s Pizzaria. Eu não imaginava entrar nessa área de eventos. Quando eu comecei, tinha um bar do lado, que era o Camaleão que tinha música ao vivo e, na esquina onde é o Chopp do Bixiga, tinha o Vento em Popa. Então o Amici’s começou com uma pizza diferente, lotou muito no início, eu era bem pequenininho ali no meio, então ficava no meio dessa guerra: entre uma banda na esquerda e outra na direita. Aí o cliente chegava, sentava, pedia a pizza, mandava cancelar e ia embora. Aí eu não tive outra saída: ou eu saía da área, ou comprava um dos vizinhos. Fiz uma oferta pro Camaleão na época, comprei ele e tirei essa banda. Como eu assumi aquele prédio gigante, que vai até a rua detrás, eu disse: poxa, vou ficar aqui pagando aluguel, explorando só a área externa? Foi aí que eu fiz uma reforma lá dentro e, engraçado, comecei primeiro com blues. Depois desses 17 anos que vieram esses problemas todos que eu tô há mais de três – a luta mesmo tem uns cinco anos; no vermelho é que são três -, eu resolvi agora fazer o que eu me propus desde o início, que era só a pizza. O que eu queria no Brasil? Escolher uma cidade e eu escolhi Fortaleza porque eu me apaixonei pelo Cais Bar, que na época, era muito bom ainda.

 

O POVO – Mas a marca Buoni Amici’s vai continuar?
 

Célio – O Buoni Amici’s Pizzaria vai continuar. Porque eu tenho duas marcas: Buoni Amici’s Pizzaria e o Amici’s Bar. Eu estou voltando no tempo. Queria na época ter duas, três, quatro lojas, então é isso que eu vou fazer. Agora esse novo projeto, como a gente aprende muito e gosto muito dessa questão do verde, a gente vai trabalhar com esses contâiners marítimos, e vai ser num lote (cerca de 20m x 30m) com muito, muito verde. Fazer uns caramanchões. A gente quer começar pela Aldeota, que é onde está o “filet-mignon” da Cidade. Porque a pizza do Amici’s, ela não é uma pizza barata. Ela usa ingredientes mais caros, tanto que o prêmio que eu ganhei de Melhor Pizza do Brasil, em 2009, em São Paulo, é de uma pizza que leva queijo feta, que é quase R$ 100 o quilo. E, devido ao prêmio, é uma pizza que vende muito. A gente usa também outros ingredientes caros (camarão, presunto parma, etc.), até o pepperone hoje está caro, custa R$ 60 o quilo!
 


O POVO – E isso vai ser aliado com a história da cerveja artesanal, não é isso?
 

Célio – Esse projeto, ele precisa ser na Aldeota por quê? Primeiro porque é uma pizza mais cara e, como eu estava te dizendo, a Aldeota não é fácil de encontrar terrenos vazios. Eu estou há quase dois meses procurando, na luta, e estão caros! Surgiu até um imóvel, mas a gente teria que derrubá-lo. E tem que ser num salão pequeno – a ideia é ter 12, 15 mesas, no máximo, e dois garçons só - pra não interferir no sistema de delivery. Eu quero ter quatro coisas nesse projeto: a pizza que vai ser o carro-chefe, as massas, os sanduíches especiais com carnes especiais e a cerveja artesanal. A gente quer fazer delivery junto com a cerveja artesanal, onde o cliente vai ter a opção de beber também uma Ipa, uma Weiss, uma Witch, uma Apa...

 

O POVO – O que mais vo0cê observou desse tempo em Fortaleza?
 

Célio – O prefeito é uma pessoa que escuta muito e ele age. Eu estou aqui há 18 anos e vejo algumas pessoas comentarem que é uma das melhores gestões da Cidade, só que ele está muito focado na área de obras – teve o binário, a Praça Portugal, o lance das bicicletas que eu acho que foi o melhor projeto dele de todos, etc. Mas eu queria muito que ele olhasse pra essa coisa do comércio informal. Porque não é só Dragão do Mar. É Beira Mar, é Praia de Iracema ali mais embaixo que agora está num movimento muito ruim de novo, Praia do Futuro, enfim... Basta a pessoa montar um bar e que ele faça sucesso, que já um comércio informal vai pra sua porta. Seria muito importante que ele conseguisse resolver esse problema. E como eu falei sobre o Dragão do Mar, dá pra resolver sem briga, sem partir pra cima, dá pra negociar e criar um espaço pra eles. Poxa, tem quatro blocos que pagam pra ensaiar ali dentro dos galpões! Imagina se colocassem um palco, seria uma atração gratuita pra população e resolveria o problema também da insegurança, que é você sair a pé do Dragão do Mar para a Praia de Iracema. Acho que é fácil de se resolver, basta juntar as pessoas certas. Porque ali também tem problema de trânsito, a AMC é um problema sério, muito sério. Então precisa juntar todo mundo e falar “vamos resolver? Vamos!”. Eu acho que é isso. Eu torço muito para que ele resolva isso antes que termine o mandato dele e, quem sabe, eu possa voltar para a Praia de Iracema um dia.

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