Além do lado financeiro, as escolinhas de futebol, também têm a função de captação de novos talentos. Nos times locais, quando um garoto se destaca e demonstra potencial, passa a integrar as categorias de base e deixa de pagar mensalidade. Nas franquias de agremiações de fora, fazem testes e podem ir morar no estado de origem do clube.
Há casos de sucesso nos dois lados. O atacante Maxuell, que hoje defende o CSA-AL, por exemplo, foi revelado na escolinha do Ferroviário. Como o Tubarão utiliza os mesmos profissionais da base para as escolinhas, em poucos treinos o “Samurai” chamou atenção.
“Dois treinos, um de fundamento e o outro, um coletivo. Fiz três gols e o Roberto Cearense (então técnico) me chamou pro Sub-15”, conta. Maxuell acredita que um time do próprio estado tende a dar mais oportunidade ao aprendiz.
Já Arthur Bastos, de 13 anos, hoje mora no Rio Grande do Sul e integra a base do Grêmio. Ele foi selecionado por olheiros do clube na escolinha do tricolor gaúcho em Fortaleza, da qual ele é aluno desde os três anos de idade. O pai dele, Atualpa Pinheiro, foi quem escolheu onde o filho aprenderia futebol e hoje diz ter a certeza que acertou.
“Escolhi pela organização, pela metodologia que eles utilizam, que vai de acordo com a idade. Gostei dessa característica”, explicou. (Brenno Rebouças)