Mesmo antes de a PGR enviar a denúncia contra Temer, aliados do presidente na Câmara já articulam para barrá-la. Vice-líder do governo na Casa, o deputado Beto Mansur (PRB-SP) diz que a estratégia é tentar votar a denúncia o mais rápido possível na Câmara.
A avaliação é de que, se demorar muito tempo, o presidente ficará sangrando por mais tempo, o que dá margem para a oposição conseguir mais votos. Para ser aceita, denúncia precisaria da desão de 342 deputados.
“Tem que resolver em uma semana”, afirmou Mansur. Pelo regimento da Casa, após a chegada da denúncia, Rodrigo Maia (DEM-RJ) deverá enviá-la para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em até duas sessões.
No colegiado, será escolhido um relator. Temer terá 10 dias para se defender. A partir da apresentação, o relator deve apresentar parecer para voto em cinco sessões. Após ser votada no colegiado, a denúncia vai a plenário.
Maia tem dito que, como presidente, terá papel apenas “burocrático” no caso. “É um processo parecido com o do impedimento, com a diferença que passa pela CC (...) o papel da presidência (da Câmara) é um papel apenas, nesse primeiro momento, burocrático”. (Agência Estado)