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Reino unido. May, a "derrota" da pragmática
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Reino unido. May, a "derrota" da pragmática

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Mundo
Theresa May centrou sua campanha eleitoral em sua personalidade “sólida e estável” para convencer os britânicos a mantê-la no cargo de primeira-ministra: perdeu em parte a aposta e, apesar de anunciar a formação de um novo governo, encontra-se numa situação delicada.


Segundo resultados quase definitivos, seu Partido Conservador perdeu a maioria absoluta no Parlamento, fracassando em sua estratégia. May convocou estas legislativas antecipadas para conquistar uma posição de força e afastar as eventuais reticências em seu partido. Mas sai mais fragilizada do que nunca.
 

Foi em razão de uma reviravolta do destino que esta mulher de 60 anos, de cabelos grisalhos, chegou ao poder em julho de 2016: o país acabava de votar pelo Brexit, para surpresa geral, forçando seu antecessor David Cameron a renunciar.
 

Theresa May soube jogar suas cartas habilmente e encarnou, em um período turbulento, uma figura reconfortante, de mulher séria, honesta, sóbria e “pragmática”, todas as qualidades atribuídas por seus partidários, para conduzir o país num dos momentos mais incertos de sua história.
 

May, descrita muitas vezes como “a nova Margaret Thatcher”, começou a sua carreira política em 1986, depois de estudar na Universidade de Oxford e de trabalhar por um breve período no Banco da Inglaterra.
 

Mas, na realidade, tem muito mais pontos em comum com Angela Merkel, a chanceler alemã, também filha de um pastor, conservadora, pragmática, aberta ao compromisso, casada e sem filhos. Depois de resistir durante um ano aos chamados de seu partido, finalmente adiantou as eleições legislativas de 2020 para 8 de junho.


Tomou esta decisão com uma vantagem de 20% sobre o trabalhista Jeremy Corbyn nas intenções de voto. Mas esta margem foi diminuindo com as críticas a sua campanha distante e calculada, com poucos encontros improvisados com os eleitores e se negando a participar de debates.
 

E a sangrenta série de ataques terroristas que atingiram o país em menos de três meses, colocou a segurança no centro do debate político, atraindo para si muitas críticas quanto aos cortes dos efetivos policiais quando era ministra do Interior, de 2010 e 2016..

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