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Lava Jato. Delações e denúncia geram expectativa entre aliados de Temer
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Lava Jato. Delações e denúncia geram expectativa entre aliados de Temer

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Para além da possível debandada do PSDB da base, expectativa do surgimento de novas denúncias e delações contra Michel Temer já amplia a tensão entre aliados do Planalto no Congresso. No centro das preocupações, está expectativa de chegada nos próximos dias de denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente.


Caso o relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, aceite uma denúncia, Temer passaria a ser réu e poderia ser afastado da linha sucessória da Presidência. Além disso, há expectativa em torno da delação do doleiro Lúcio Funaro, apontado como interlocutor de propinas do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

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Preso desde julho de 2016, o doleiro teria informado sua defesa que estaria “interessado” em fazer um acordo de delação premiada. Na delação da JBS, Joesley Batista e Temer conversam sobre a “compra do silêncio” de Funaro na Operação Lava Jato.


“A crise não está totalmente resolvida. A cada dia podem surgir fatos novos. Todos estávamos na expectativa desse julgamento do TSE, agora da denúncia da PGR e continua a expectativa das delações, se o Funaro vai delatar, se (o ex-assessor de Temer e suplente de deputado, Rodrigo Rocha) Loures, vai relatar”, diz o líder do PR na Câmara, José Rocha (PR).


Situação do presidente se agravou também nesta semana com a prisão do ex-ministro do Turismo de seu governo, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Agora, são três ex-deputados próximos da alta cúpula do PMDB presos – Alves, Eduardo Cunha e Rocha Loures. Em todos os casos, há perspectiva real de delações envolvendo diretamente o nome de Temer.


O líder do PSD na Câmara, Marcos Montes (MG), avalia que uma absolvição de Temer pelo TSE construirá sobre ele uma “força relativa” de sustentação que pode mantê-lo no governo. “Ele vai ficar na corda bamba, mas vai se equilibrar” diz o deputado.


O deputado mineiro prevê que dois fatos podem “afinar” a corda: o desembarque do PSDB do governo e possíveis delações “bombásticas”. “São alternativas que deixariam ele bambeando numa corda bem fina”, disse. (com Agência Estado)

 

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votos de deputados federais são necessários para que uma possível denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer tenha entrada na Casa. O STF autorizou inquérito contra o presidente após delações da JBS.

 

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