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Eleições na França. Os desafios de Macron após tomar posse
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Eleições na França. Os desafios de Macron após tomar posse

Lista de candidatos do grupo do presidente eleito paras as legislativas precisa encarnar a mudança e o equilíbrio entre esquerda e direita. Nomes já recebem críticas de aliados
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O jovem presidente centrista Emmanuel Macron, que assume oficialmente suas funções neste domingo, enfrenta as primeiras tensões dentro do seu próprio campo, enquanto se aproxima a batalha decisiva das legislativas francesas em junho.


Essa votação deve ser o primeiro sinal forte da renovação defendida pelo presidente de 39 anos, eleito em 7 de maio e a apresentação de uma lista de candidatos para as legislativas precisa encarnar a mudança e o equilíbrio entre esquerda e direita.


Mas o anúncio do primeiro contingente de 428 aspirantes a deputado de um total de 577 que o movimento presidencial “A República em marcha” deve apresentar antes do registro legal das candidaturas em 19 de maio foi obscurecido por erros e críticas feitas por um importante aliado do presidente, o centrista François Bayrou.


“A lista publicada é a do movimento político Em marcha!, não é a mesma que o MoDem deu seu parecer favorável”, disse o presidente do MoDem, único partido francês com o qual Macron selou um acordo político durante a campanha presidencial.


Bayrou, de 65 anos, espera que “uma manobra permita nomeações conjuntas em todos os círculos eleitorais, como Emmanuel Macron e eu acordamos desde o primeiro dia”. Para o jornal econômico Les Echos, “o dia de nomeações se transformou num brutal terremoto. François Bayrou, o aliado que lhe permitiu disparar nas pesquisas, causando sua primeira crise”.


O secretário-geral do partido do presidente, Richard Ferrand, tranquilizou seu aliado, dizendo que tudo iria “correr bem” para as legislativas. “Continuamos a caminhar juntos”, insistiu.


Esta disputa se soma à polêmica da integração ou não do ex-primeiro-ministro socialista Manuel Valls dentro da maioria presidencial, que tem sido utilizada pela direita que procura se reconstruir depois de uma eleição presidencial desastrosa.

 

“Macron está totalmente enredado neste caso das nomeações e não sabe como sair”, atacou Christian Jacob, líder dos deputados do partido de direita Os Republicanos (LR).


“É uma atitude (...) de pequenos políticos, essa é a realidade”, disse ele, acrescentando: “Honestamente (...), por trás dele há um grande número de blefes, de pequenos truques”. (Agência Francepress) 

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