Com 35 deputados federais e sete senadores, o PSB é o terceiro partido a decidir sair da base aliada do governo Michel Temer (PMDB). A decisão foi tomada em reunião da Comissão Executiva Nacional do partido realizada na manhã de ontem, em Brasília.
Além de fazer oposição e pedir a renúncia do presidente, o partido passará a defender a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para a realização de eleições diretas no caso de vacância do cargo da Presidência da República. Informação foi confirmada pelo secretário-geral do PSB, José Renato Casagrande.
A debandada após as delações da JBS contra o Governo pode ser maior. O deputado federal Domingos Neto (PSD-CE) disse ao O POVO que o PSD, que possui 37 deputados, ainda aguarda novos desdobramentos para tomar uma decisão. “Todos os partidos estão mais ou menos na mesma e marcando uma reunião de bancada com a executiva do partido terça à tarde em Brasília”.
A preocupação de Domingos é com o atraso no calendário de aprovação das reformas, que está suspenso. “Espero que possamos chegar numa solução rápida.
A maior gravidade de todos é a do Ceará. Difícil avaliar, todos os partidos estão avaliando nesse momento para poder chegar numa posição no início da semana”, diz.
Outros partidos
Já o PPS chegou a anunciar saída da base, mas voltou atrás. Logo que as delações da JBS foram divulgadas, o ministro da Cultura, Roberto Freire (PPS), entregou o cargo. O PSDB também deve sair da base aliada do Governo. Até porque deputados do partido protocolaram pedido de impeachment assinado por pelo menos sete parlamentares. (Beatriz Cavalcante, colaborou Letícia Alves)