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CLT. Boatos intensificam clima de medo entre trabalhadores
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CLT. Boatos intensificam clima de medo entre trabalhadores

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Naturalmente antipática, a aprovação de reformas de qualquer cunho no Congresso Nacional dificilmente acontece sem pressão da sociedade. Unindo isso ao contexto atual, de Operação Lava Jato a todo vapor, parlamentares caindo em descrédito e um governo impopular, a reforma trabalhista foi aprovada com relativa tranquilidade, mas não ficou imune a críticas e até boatos, que intensificam o receio dos trabalhadores de que as mudanças sejam negativas.


Na última sexta-feira, 28, quando milhares em todo o País foram às ruas protestar contra o projeto, circulavam nas redes sociais textos de que a matéria acabaria o salário mínimo, décimo terceiro salário, seguro-desemprego e FGTS, além de outros benefícios trabalhistas.


“Vcs (sic) estão sabendo que querem dividir as suas férias em 3 vezes?! Que vai acabar com o PIS, 13° salário?! Patrão não vai ser obrigado a assinar a carteira?! Por favor, pelo menos três dos meus amigos do Facebook poderiam copiar e colar essa informação?”, dizia um dos textos que circularam nas redes.


Embora estabeleça que os acordos coletivos poderão ter força de lei, o projeto de reforma estabelece alguns direitos que não podem ser suprimidos por negociação. Ao total, são 29 pontos que não podem ser negociados, entre eles a assinatura da carteira, o seguro-desemprego, o salário mínimo, aposentadoria, depósito do FGTS, décimo terceiro salário, horas extras e repouso semanal remunerado. Em contrapartida, 16 pontos poderão ser negociados, entre eles a jornada de trabalho, divisão das férias, demissão e banco de horas. (Letícia Alves)

 

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