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Número de mortos no trânsito de Fortaleza reduz 12% em 2018
Cotidiano

Número de mortos no trânsito de Fortaleza reduz 12% em 2018

| SEGURANÇA VIÁRIA | Em cinco anos, diminuição foi de 40%. Motociclistas ainda são os que mais morrem. Novas ações incluem duas áreas de trânsito calmo e limite de 50 km/h em mais 3 avenidas
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Fortaleza registra redução de mortes no trânsito pelo quarto ano seguido. Foram 226 casos em 2018, número 12% menor que o ano anterior, quando foram 256 mortes. O levantamento, feito pela Prefeitura de Fortaleza com o apoio da Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária Global, foi divulgado ontem. Segundo a pesquisa, a redução chega a 40% nos últimos cinco anos.

Ancorado pelos dados, um Plano de Gestão de Velocidade e um Centro de Treinamento e Aperfeiçoamento dos Motociclistas devem ser entregues este ano. O levantamento mostra que os usuários de motocicletas são os que mais morrem no trânsito da Capital, seguido dos pedestres. Eles correspondem a 45,6% e 39,8% dos casos, respectivamente. Os homens são os que mais perdem a vida, 83,2% do total. A faixa etária que vai de 30 a 59 anos concentra a maior parte dos óbitos, com 49,1%.

Apesar de continuarem encabeçando a lista de mortes no trânsito, entre 2016 e 2018 houve uma redução de 30,4% dos casos envolvendo motociclistas. No ano passado, foram 103, diminuição de 21% com relação a 2017.

Conforme o prefeito Roberto Cláudio (PDT), é preciso continuar a desenvolver as ações de enfrentamento e levá-las a áreas onde se concentram mais acidentes. "Precisamos continuar avaliando o que a gente está fazendo. Algo que é muito importante é dado, informação. A gente dirigir as ações para os locais, nos horários e para os grupos populacionais que são mais frequentemente vítimas dessas ações (acidentes). Quando mais dado a gente está gerando, mais a gente vai produzir ações eficientes", frisou.

Neste ano, será elaborado um Plano de Gestão de Velocidade para vias arteriais onde ocorrem mais acidentes. Luis Alberto Sabóia, secretário-executivo da Secretaria de Conservação e Serviços Públicos (SCSP), afirma que as avenidas Coronel Carvalho, Osório de Paiva e Tristão Gonçalves devem receber intervenções.

"É algo similar ao que foi feito na Leste-Oeste (Av. Presidente Castelo Branco). Colocamos ciclofaixas, requalificamos o canteiro central, diminuímos a largura para induzir maior prudência por parte dos motoristas, colocamos semáforos e travessias de pedestres e diminuímos a velocidade para o 50 km/h. Não prejudicou o fluxo, mas houve redução de 83% no número de atropelamentos".

Meta voltada ao grupo que mais morre no trânsito da Capital, um Centro de Treinamento e Aperfeiçoamento dos Motociclistas será lançado com um projeto-piloto em Messejana. "A lógica é fazer uma parceria com os revendedores de motocicletas para que o motociclista seja estimulado a receber a sua moto na escola. E, ao chegar na escola, ele posse por um treinamento, conscientização", explica Sabóia.

Dentre as medidas para melhorar a infraestrutura do pedestre, serão implantadas duas áreas de trânsito calmo. Na Praia de Iracema, em abril, e no entorno do Instituto José Frota (IJF), em setembro. Em 2019, a previsão é ampliar em 70 km a malha cicloviária da Capital, bem como lançar mais 100 estações do Bicicletar, mais sete estações do Mini-Bicicletar e 1.000 paraciclos.

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