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Ações para prevenir alagamentos começam em fevereiro
Cotidiano

Ações para prevenir alagamentos começam em fevereiro

Plano de Contingência foi anunciado ontem pela Prefeitura de Fortaleza e inclui limpeza de 140 recursos hídricos, incluindo canais, riachos e lagoas
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A moradora do bairro Dias Macedo, Lucineide Barreto, 62, se aperreia todos os anos com a chegada da quadra chuvosa. “Entra água nas casas, os bueiros entopem de lixo, ninguém consegue sair para trabalhar. Aqui fica tudo alagado”, enumera apontando para a avenida Alberto Craveiro. Ela não está só. Relatos de inundações e outros transtornos são recorrentes quando chove na Cidade. Quem costuma passar pelo trecho (situado próximo ao supermercado Makro) reconhece o local como ponto histórico de alagamento.

[SAIBAMAIS] 

A via é uma das 84 áreas de risco que entraram no Plano de Contingência para as Chuvas, conjunto de medidas que engloba a desobstrução de bocas de lobos das ruas e avenidas para prevenir alagamentos e o asseamento de 140 recursos hídricos entre canais, riachos e lagoas. Ações que serão implementadas a partir de fevereiro foram anunciadas pelo prefeito Roberto Cláudio, na manhã de ontem, no Paço Municipal.


Monitoramento


O prefeito destacou que o Plano conta com sistema de alerta de monitoramento 24 horas para prevenir desastres. “Dispomos de radares que conseguem antecipar em algumas horas quais áreas de riscos podem sofrer com a chuva. Para isso, vamos mobilizar uma equipe de plantão”, explicou o gestor.


A plataforma integra base de dados da rede de monitoramento da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), com informações que poderão ser enviadas automaticamente à Defesa Civil. A medida pode ajudar a controlar os incidentes. No ano passado, foram registrados 1.213 casos. A ocorrência mais recorrente foi o risco de desabamento, com 720 registros. Também foram contabilizados 160 alagamentos e 100 desabamentos, de acordo com a Coordenadoria Especial de Proteção e Defesa Civil.


Medidas de auxílio à população para eventuais abrigamentos também estão previstas no Suporte de Equipamentos Públicos, além de armazenamento de mantimentos, lonas, cestas básicas, colchões, rede e outros produtos de uso pessoal e mobilização de maquinário e equipes, caso ocorra situação de emergência.


Apesar da incerteza diante da quadra chuvosa, que terá o prognóstico definido apenas no próximo dia 19, a expectativa é de um cenário favorável, de acordo com o presidente da Funceme, Eduardo Sávio Martins. “Temos uma tendência de ares frios no Pacífico e tudo indica que deve se manter, mas ainda precisamos reunir dados do Oceano Pacífico para dar um indicativo mais preciso”, explicou. O período deve ocorrer entre os meses de fevereiro e maio.

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