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Barraca Guarderia trata agressão a irmãos como armação
Cotidiano

Barraca Guarderia trata agressão a irmãos como armação

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Com seguranças acusados de terem agredido dois irmãos na saída de uma festa, a Barraca Guarderia, localizada na Praia do Futuro, argumenta que o episódio foi uma armação. O estabelecimento usa como argumento vídeos das câmeras de vigilância da barraca para se defender. Os dois irmãos — um homem de 19 anos e uma adolescente de 17 — divulgaram nas redes sociais vídeos em que são agredidos por vigilantes da barraca após um evento realizado pelo empreendimento no dia 9 deste mês.

 

Segundo Fernando Férrer, advogado da Guarderia, as imagens apontam um dos irmãos supostamente agredidos — o homem de 19 anos — tentando reentrar na barraca após ter saído da festa. Ele é inicialmente impedido, mas consegue burlar os seguranças para entrar no local sem permissão. Sobre as imagens divulgadas pelos irmãos agredidos nas redes sociais, Férrer explica que o momento em que ele está caído no chão — supostamente desacordado — trata-se de uma encenação. “As nossas imagens são claras mostrando quando ele se deita no chão”, argumenta o advogado, complementando que o objetivo dos irmãos é conseguir dinheiro da barraca via indenização judicial.


Fernando Férrer reconhece que um dos vigilantes agrediu a jovem de 17 anos, mas argumenta que ele o fez após a adolescente ter batido seguidas vezes no vigilante. “Não é algo que justifique a agressão do segurança, mas ele estourou após ser agredido diversas vezes por ela”, ressalta. Sobre as acusações de injúrias raciais feitas pela defesa dos irmãos, Férrer as refuta afirmando que não são procedentes porque o segurança envolvido é negro. “Ele apenas a chamou de ‘doida’, como mostra o vídeo divulgado nas redes sociais”, finaliza Férrer.


Segundo Catarina Saraiva, advogada das vítimas, os argumentos da barraca não se sustentam. “O fato de o segurança ser negro não quer dizer que ele não seja racista. Esse argumento é derrubado facilmente, até porque temos testemunhas que presenciaram”.


Catarina contesta os vídeos por eles estarem editados e conterem “juízos de valor” das ações das vítimas. “A defesa da barraca erra ao expor imagens de uma adolescente sem a autorização dela. Não podemos permitir que seguranças preparados ajam dessa forma. Ela vai tirar satisfação com ele por ter agredido o irmão e dá um empurrão. O segurança devolve com um outro agressivo e depois a agride”, finaliza Catarina.

 

O POVO Online


Veja vídeo em www.opovo.com.br/videos

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