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Sejus discute liberdade religiosa no sistema prisional
Cotidiano

Sejus discute liberdade religiosa no sistema prisional

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A intolerância religiosa presente na sociedade também incide dentro do sistema prisional. Para tentar concretizar o direito constitucional à assistência religiosa, a Secretaria da Justiça e Cidadania do Ceará (Sejus) tentará aproximar mais os internos das diferentes religiões que eles escolham seguir.


Ontem, durante o seminário Diversidade religiosa: conflito, compreensão e superação, diversas representatividades iniciaram um debate de como a assistência religiosa poderá acontecer.


“Estamos conversando para deixar as pessoas à vontade, pra que venham à Sejus, se cadastrem e a gente possa pensar numa formatação para as visitas. Tentando inclusive fazer o mapeamento da intolerância”, explicou a assessora de Cidadania da Sejus, Lúcia Bertini. Conforme ela, existe uma cultura do medo e preconceito que faz com que muitos internos não demonstrem suas crenças religiosas.


“Tanto os agentes penitenciários e, muitas vezes, até a direção do presídio entendem que a liberdade do preso é totalmente cerceada. Mas é apenas a liberdade de locomoção”, ressaltou a consultora da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Andrea Guimarães. Ela participou da elaboração do Relatório Nacional sobre Intolerância e Violência Religiosa (2001 a 2015). “Por isso a gente vê a necessidade dessa parceria com a Sejus, com o olhar mais sensível, para constituir um grupo mais diverso”, analisou.

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