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Professores negociam com a Prefeitura de Maracanaú o fim de greve
Cotidiano

Professores negociam com a Prefeitura de Maracanaú o fim de greve

Nova audiência entre professores de Maracanaú e representantes da Prefeitura deve ser realizada hoje. Docentes ocupam a Câmara da Cidade
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Professores da rede municipal de Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza, ocupam a Câmara de Vereadores há nove dias. A greve da categoria, iniciada em 3 de outubro, reivindica Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR). Audiência entre representantes dos docentes e da Prefeitura, marcada para hoje, deve definir rumos da paralisação. Desde o início, a greve foi considerada ilegal pela Justiça. Ontem, quase 200 professores ocupavam a Câmara.


O prefeito Firmo Camurça (PR) foi procurado pelo O POVO em seu gabinete, na manhã de ontem, mas não foi localizado. Em nota, a assessoria de comunicação da Prefeitura apontou impossibilidade de desenvolvimento do PCCR e progressões de nível dos professores. Foi repetido discurso do prefeito divulgado em vídeo no Facebook um dia antes do início da greve: faltam recursos. “Torna-se completamente inviável qualquer evolução do PCCR. Implicaria em desrespeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal, criando um desajuste das contas municipais”, explica a nota. Foram usados como justificativas o reajuste de 6% para a categoria, já em 2017, e a pontualidade no pagamento de salários. Prazos para o desenvolvimento do plano não foram estimados.


Ontem, em reunião de mais de três horas, representantes dos professores e o procurador-geral do Município, Carlos Eduardo Lima de Almeida, negociaram as reivindicações. Proposta de implantação gradual do PCCR deve ser analisada pela Prefeitura. Do impacto estimado em 8% nas contas de Maracanaú, o equivalente a 0,5% foi sugerido para pagamento inicial.


O sindicato pediu que as “punições” de professores sejam revogadas, com salários e benefícios restituídos. Nova audiência está marcada para a tarde de hoje. Caso a proposta seja aceita por ambos os lados, aulas da rede municipal devem ser retomadas de imediato.


Segundo Vicente Silva, vice-presidente do Sindicato Unificado dos Profissionais em Educação de Maracanaú (Suprema), centenas de profissionais recuaram após cortes de salário e benefícios. Todavia, pelos cálculos dele, dos 2.538 professores municipais, um terço continua paralisado.


Ocupação e denúncias


O sindicato denuncia que alunos são mantidos na escola por outros profissionais, mesmo sem aulas, realizando atividades extracurriculares.


A professora Janaina Santana, parte do movimento grevista, reclama do corte de quase 50% nos salários, 65% no vale-refeição e 90% do vale-transporte, benefícios suprimidos na semana passada. Ela entende as medidas como retaliação à greve. “Isso é inconstitucional”, criticou.


A ocupação começou no último dia 1º, mesmo com a suspensão do fornecimento de energia do plenário..

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