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Greve de pipeiros já dura uma semana no Ceará
Cotidiano

Greve de pipeiros já dura uma semana no Ceará

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Com abastecimentos de cidades pela Operação Carro-Pipa paralisados desde o último dia 6, pipeiros e responsáveis pela operação devem se reunir na manhã de hoje, no Comando da 10ª Região Militar do Exército Brasileiro. O impasse se mantém devido, principalmente, a reivindicação da troca de aparelho de monitoramento, chamados GPipa, conforme o presidente do Sindicato dos Pipeiros do Estado do Ceará (Sinpece), Eduardo Aragão.


“O GPipa monitora que viagens estão sendo de fato efetuadas, mas sempre sai do ar. A gente perde muita carrada (de água) porque o aparelho é falho. Queremos que seja trocado pela segunda versão do aparelho”, explica. Pagamentos em atraso, que também era reivindicação, já estão sendo regularizados. “O aumento do valor pago pela quilometragem (que é de R$ 3,50/km e eles pedem 20% de reajuste), a gente sabe que é com o Ministério da Integração Nacional (MI), e a gente tá disposto a voltar a rodar antes de ser atendido”, comenta o presidente.


Se não for firmado acordo hoje, o presidente acredita que o movimento, que tem bloqueado o acesso a mananciais, passe a protestar em BRs.


De acordo com Eduardo, cerca de 2 mil pipeiros aderiram ao movimento e isso tem resultado em cerca de 40 milhões de litros de água sem serem repassados nas 130 cidades em que a operação age.


A assessoria de imprensa da 10ª RM explica que o atraso dos pagamentos se devia à falta de prestação de contas pelos próprios pipeiros. A informação de adesão total ao movimento é contestada. De acordo com a assessoria, seriam casos pontuais concentrados principalmente no Sertão Central. Estudos para determinar rotas alternativas aos mananciais bloqueados estão sendo feitos para diminuir o impacto nas cidades prejudicadas, aponta.


O MI detalhou por nota que “qualquer possível inconsistência operacional (no sistema de monitoramento) apontada é imediatamente apurada”. Informa que o sistema é determinação para que a operação tenha ações transparentes. E, por último, diz acreditar que a operação será normalizada em breve no Estado. (Domitila Andrade)

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