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Esposas se unem para agredir garotas de programa que atuam em presídio
Cotidiano

Esposas se unem para agredir garotas de programa que atuam em presídio

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A mulher que pratica a prostituição com os detentos normalmente tem postura discreta. Isso porque, se ela trabalhar para um homem casado e for descoberta pela esposa, corre o risco de ser espancada. A mulher de um detento contou ao O POVO que identifica uma “giriquita” (como é chamada a garota de programa que atua em presídio) pelo olhar desconfiado e pela falta do malote (produtos levados para os presos para alimentação e higiene pessoal).


Ela admite que, quando identifica uma garota de programa, aciona outras mulheres de presos e o espancamento ocorre do lado de fora da unidade. “Elas não levam malote. É a gente que vem carregando peso, quando tem rebelião, elas nem pisam aqui. Nós acordamos 5 horas da madrugada. Elas só chegam aqui com a identidade”, critica.

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Comerciantes do entorno da unidade afirmam que já presenciaram inúmeras confusões relacionadas às “giriquitas”. “Quando alguma das esposas flagra o marido da colega com outra, ela marca o rosto e avisa. Não pode mulher de preso conversar com outro preso”, relata uma comerciante. O que ela estranha é que as esposas se revoltam contra as garotas de programa, mas teimam em querer os maridos mesmo após descobrirem a traição.


Outra mulher, esposa de um detento, interfere na entrevista e diz que, quando descobre alguma mulher que pratica a prostituição, “é peia”. Segundo ela, não somente a mulher traída agride a garota de programa, mas mulheres de presos de todas as Casas de Privação Provisória de Liberdade (CPPLs) se juntam para a agressão.


Uma outra companheira de presidiário relembrou que no último Dia do Preso, 18 de setembro, a pernoite foi liberada e uma “giriquita” foi descoberta. Todas as mulheres se concentraram na saída do complexo penitenciário para agredi-la, conta.


Fonte ligada à Sejus relata que, há duas semanas, uma esposa flagrou o marido com uma “giriquita”. “Ela tentou criar confusão, mas o companheiro dela a agrediu e a fez sair do presídio. Ela ficou do lado de fora aguardando a ‘giriquita’ sair para pegar ela”, narra.

 

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