No caso dos centros Dom Bosco, São Francisco e São Miguel, há exigência de internos para a separação de alas. “Só não houve ainda no Canindezinho
e no Passaré, que é de internação provisória. Mas nos centros de internação de sentenciados e nos que têm jovens de 16 e 17 anos, a gente vem notando a presença de facções”, relatou.
Para Clístenes, é impossível fazer socioeducação com a presença de facções. “Não tem como ressocializar alguém que é membro de uma facção porque ele passa o dia inteiro pensando em cometer crime. E tem o agravante de que quem não for de acordo com as regras morre e quem entra não pode sair”, comenta.
O gestor da Seas, Cássio Franco, relata que existe a presença das facções, mas pondera que, em 90% dos casos, os jovens possuem vinculação por bairro. ”Quem vem de determinado bairro é vinculado à facção que domina o bairro. Eles sofrem pressão das facções para que se intitulem como integrantes de determinada facção”, comenta o superintendente.
Cássio reconhece que, no Cecal, os adolescentes são divididos por facções há algum tempo e que existe um “longo processo” para tentar desmobilizar o fortalecimento das facções na unidade. (Jéssika Sisnando)