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Vistoria em centro para moradores de rua identifica carências
Cotidiano

Vistoria em centro para moradores de rua identifica carências

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Falta de profissionais especializados e problemas estruturais foram algumas das demandas identificadas no Centro de Convivência para Pessoas Adultas em Situação de Rua (Centro Pop), no bairro José Bonifácio. A instituição foi a primeira das cinco entidades de acolhimento para moradores de rua vistoriadas pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE).


Além dos promotores, a vistoria realizada na manhã de ontem contou com profissionais do Centro de Apoio Operacional da Cidadania (CAOCidadania), do Núcleo de Apoio Técnico (Natec) do MPCE, Corpo de Bombeiros e Vigilância Sanitária. Após a finalização das visitas, processo administrativo reunindo os laudos dos órgãos embasará ações do MPCE. “Vamos marcar audiência com a Prefeitura, os responsáveis, para solicitar as medidas para melhorar o equipamento”, explicou a titular da 12ª Promotoria de Justiça da Cidadania, Maria de Fátima Correa.


Tendo em vista a necessidade de um atendimento especializado e o aumento da população de rua, o coordenador do Centro Pop, Elias Figueiredo, destaca haver demanda de profissionais especializados e maior equipe. O centro recebe de 80 a 120 pessoas por dia.


Dentre as observações feitas pelas equipes, estão a falta de aparato mínimo para a prevenção de incêndio, além de produtos e processos adequados para a higienização do local. Apesar da estrutura ser melhor que a anterior, devido à recente mudança para o atual endereço, o espaço não foi construído para o fim. “É uma casa adaptada”, observa a técnica do Natec, Ana Margareth. Ela citou que as vigas do teto de um dos espaços estão envergando e um banheiro está com o esgoto jorrando.


Segundo a assessora especial da Secretaria dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social, Jamile Guimarães, um equipamento de acolhimento com capacidade para atender 250 pessoas deve ser entregue até janeiro do próximo ano.


Ainda de acordo com ela, no próximo ano deve ter início nova pesquisa para atualizar o último censo, realizado em 2015, que constatou 1718 moradores de rua em Fortaleza. “Esse número tá defasado”, disse. (Ana Rute Ramires)

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