Logo O POVO+
Turmas heterogêneas são desafio para professores da EJA
Cotidiano

Turmas heterogêneas são desafio para professores da EJA

Edição Impressa
Tipo Notícia Por
Turmas heterogêneas com faixas etárias e propósitos muitos distintos são realidade com que o professor de turmas da EJA tem de lidar e se adaptar metodologicamente. É o que destaca a professora de Matemática e Ciências na Escola Municipal Martinz de Aguiar, no Monte Castelo, Pollyanna Sheyla Abreu, 40.

 

Atualmente, além dos alunos com idade entre 15 e 17 anos, a EJA atende a 5.300 alunos entre 30 e 59 anos e cerca de 400 alunos com mais de 60 anos, em Fortaleza.


“A gente tem muita dificuldade pela heterogeneidade, e uma aula tradicional não funciona. Tem alunos de idade avançada, mas que ainda não são idosos e que estiveram em sala de aula em algum momento, mas há muito tempo; os idosos que muitas vezes nunca tiveram contato com ensino formal; tem jovens que querem só terminar, sem perspectiva de futuro; outros que querem terminar porque o emprego está exigindo a formação”, resume.


Para ela, a saída tem sido aproximar o conteúdo de situações cotidianas, aproveitar os conhecimentos que cada aluno traz na bagagem e buscar ter atenção e cobrança individualizadas. “Mas ainda assim, cada aluno tem seu ritmo e é preciso equilibrar para não exigir tanto nem tão pouco”, pontua.


Reunir os alunos mais jovens em turmas especiais da EJA é proposto por Pollyanna como uma alternativa. A ideia já está sendo testada, também em etapa da EJA Presente, em turmas chamadas de EJA Diurno, como explica a gerente de Dados Educacionais da SME, Iracema Frota. “A proposta de EJA Diurno é para os mais jovens e que estão fora da faixa, não estão na série de acordo com a idade, por problema de abandono ou reprovação. Para não ter que enviá-los para noite”, diz. Mantê-los na escola em horários que não os noturnos é uma forma, também, de não causar rupturas na rotina escolar que, mesmo fora de faixa, o aluno vinha seguindo.

O que você achou desse conteúdo?