Um professor da unidade conversou com O POVO. Ele conta que, no último dia 3, rumores de que uma facção invadiria a escola para prestar contas com integrantes de um grupo rival fizeram com que pais de alunos entrassem nas salas e retirassem as crianças. “Os pais estavam passando mal, as crianças chorando. A escola controlou a situação e, na medida em que os pais chegavam, as crianças iam sendo liberadas”.
Na tarde daquele dia, não houve mais aula e, no dia seguinte, as atividades foram suspensas, pois funcionários, pais e alunos estavam assustados com a situação. No dia 6, a escola foi invadida, à noite, quando não havia alunos no espaço. Os vigilantes foram ameaçados, a Polícia foi acionada e os criminosos fugiram.
No dia 8, o professor diz que o muro da escola foi quebrado e furtaram a merenda escolar, 1.080 fraldas descartáveis, botijão de gás, televisores, materiais escolares e até panelas.
Nos dias 10 e 11, houve registro de três adolescentes que pularam o muro da escola e outros dois que invadiram o espaço no fim da aula. “Foi dito para nós que eles estavam consumindo drogas e que abordaram os coordenadores fazendo menção aos objetos que foram furtados da creche”, diz.
Na última sexta-feira, 13, após o feriado de Nossa Senhora Aparecida, os funcionários temiam que não houvesse movimento na instituição de ensino e enviaram um ofício à Secretaria Municipal da Educação informando a falta de segurança. As aulas foram suspensas. No mesmo dia, a escola foi invadida três vezes. “Roubaram a merenda. Uma reposta após o furto do dia 8”, conta o docente.
A SME informou que foi registrado boletim de ocorrência no 30º Distrito Policial. A unidade deve receber reforço da Guarda Municipal. A Secretaria da Segurança (SSPDS) informou que, por causa do horário que foi procurada (17h24min), ontem, só responderia sobre o caso hoje.