Logo O POVO+
Morte de adolescentes também cresceu
Cotidiano

Morte de adolescentes também cresceu

Edição Impressa
Tipo Notícia Por
Em um cenário de completa vulnerabilidade social, adolescentes que vivem nos assentamentos precários de Fortaleza continuam padecendo numa guerra em que o único controle social é desempenhado pelas polícias. Esta é a avaliação do sociólogo Thiago Holanda sobre o aumento de mortes de adolescentes, entre 2016 e 2017.

 

De janeiro a agosto de 2016, no Conjunto Palmeiras, nenhuma ocorrência foi registrada - neste ano já são sete jovens mortos. No Cristo Redentor, a alta foi de 600%, passando de um a sete casos, mesma estatística do Edson Queiroz, que completa a lista de bairros com maiores variações.


“As famílias estão perdendo seus filhos em uma situação de vulnerabilidade muito grave. Sem acesso aos serviços e políticas públicas e sem a presença do Estado para mediar os conflitos. Essas vidas acabam tendo menos valor. Para corrigir isso, o comitê propõe uma política de prevenção e não repressão”, diz Holanda.


O sociólogo defende urgência de políticas e programas sociais para jovens vulneráveis, bem como a proteção das famílias, além de uma política de controle de armas. “O controle de armas é pouco discutido. Não há controle. E o que está matando as pessoas não é o fuzil, é o 38, o ponto 40 produzido no Brasil. Mas como essas armas chegam à periferia?”, questiona. (Thiago Paiva)



O que você achou desse conteúdo?