De janeiro a agosto de 2016, no Conjunto Palmeiras, nenhuma ocorrência foi registrada - neste ano já são sete jovens mortos. No Cristo Redentor, a alta foi de 600%, passando de um a sete casos, mesma estatística do Edson Queiroz, que completa a lista de bairros com maiores variações.
“As famílias estão perdendo seus filhos em uma situação de vulnerabilidade muito grave. Sem acesso aos serviços e políticas públicas e sem a presença do Estado para mediar os conflitos. Essas vidas acabam tendo menos valor. Para corrigir isso, o comitê propõe uma política de prevenção e não repressão”, diz Holanda.
O sociólogo defende urgência de políticas e programas sociais para jovens vulneráveis, bem como a proteção das famílias, além de uma política de controle de armas. “O controle de armas é pouco discutido. Não há controle. E o que está matando as pessoas não é o fuzil, é o 38, o ponto 40 produzido no Brasil. Mas como essas armas chegam à periferia?”, questiona. (Thiago Paiva)