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Homicídios mais que dobraram no Vicente Pinzon
Cotidiano

Homicídios mais que dobraram no Vicente Pinzon

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O reforço da Segurança Pública no Vicente Pinzon, a partir de março de 2016, foi insuficiente para frear o aumento dos homicídios. Lá foi implantada a primeira Unidade Integrada de Segurança (Uniseg) da Capital. Conforme dados da Secretaria Municipal da Saúde,de janeiro a agosto de 2016, houve 14 mortes na área. Neste ano, foram 30 homicídios no mesmo período. Crescimento de 114,3%.


Parte do Pacto por um Ceará Pacífico, as Unisegs atendem áreas com altos índices de violência. O efetivo policial é aumentado, os equipamentos são modernizados e o atendimento social é intensificado. Titular da SSPDS, André Costa admitiu, em entrevista ao O POVO, publicada ontem, que os dados aumentaram na região, mas poderia ser pior. “Quando você observa o crescimento dos homicídios na Capital, entre as AISs, é aquela que apresenta o melhor — ou menos pior — resultado. É onde tem crescido bem menos que as outras áreas”, defendeu.


Em julho deste ano, bairros no entorno do Conjunto Ceará passaram a ser assistidos pela Uniseg 3. Nesses locais, também houve aumento no número de crimes. Aldeota e Praia de Iracema são atendidas pela Uniseg 2. O foco na área, porém, são os roubos.


Para Leonardo Sá, sociólogo e pesquisador do Laboratório de Estudos da Violência da Universidade Federal do Ceará, o Estado ainda carece de política efetiva de segurança pública. “Há apenas trabalho para responder às demandas com um produtivismo que gera alguns resultados muito parciais e frágeis. Política não é atuar no imediatismo. Política se faz com pensamento estratégico, com visão de mundo, de sociedade, de políticas intersetoriais, de integração e, sobretudo, participação da sociedade civil”. (Igor Cavalcante)


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