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Greve de professores de Maracanaú é declarada ilegal pela Justiça
Cotidiano

Greve de professores de Maracanaú é declarada ilegal pela Justiça

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A Justiça determinou ilegal a greve dos professores do Município de Maracanaú, iniciada na última terça-feira, 3. Os docentes cobram implementação do plano de cargos e carreiras da categoria, que era condição negociada com a Prefeitura desde a greve de 2016. Sindicato denuncia que, na falta dos professores, os alunos são mantidos na escola por outros profissionais, mesmo sem aulas.

 

“Teve caso de porteiro cuidando de estudante”, assinala Joana Ferreira, presidente do Sindicato Unificado dos Profissionais em Educação de Maracanaú (Suprema). De acordo com ela, cerca de 70% dos professores aderiram ao movimento.


Por e-mail, a Prefeitura de Maracanaú admitiu que “garante o direito dos alunos de permanecerem nas escolas”, mas não dá detalhes de como vem mantendo as atividades sem os docentes. “Nos casos em que professores não estão trabalhando, a escola realiza atividades educativas com os estudantes, sendo todos acompanhados por professores qualificados”, disse.


Na sentença da última quarta-feira, 4, o desembargador Paulo Francisco Banhos Ponte determinou a “imediata suspensão” da greve geral alegando que as justificativas apresentadas pela Prefeitura eram “plausíveis”. O magistrado prevê multa diária de R$ 10 mil para o sindicato caso não cumpra a decisão.


Em vídeo publicado nas redes sociais, na segunda-feira, antes de deflagrada a greve, o prefeito Firmo Camurça (PR) disse que não poderia atender o plano de cargos e carreiras, por causa da crise econômica do País. “Hoje, a Prefeitura de Maracanaú encontra-se no limite prudencial da lei para gastos”, afirmou.


O sindicato dos professores informou ontem que vai manter a paralisação por não ter sido notificado oficialmente pela Justiça.

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