Técnicos em mobilidade urbana, engenheiros de tráfego e representantes da sociedade civil participaram ontem da primeira reunião do Comitê Municipal de Segurança Viária, na Universidade de Fortaleza (Unifor). O grupo deve discutir e propor intervenções na Capital para que permaneça em queda o número de vítimas em acidentes de trânsito. No primeiro semestre deste ano, a Cidade registrou 121 mortes, a menor quantidade em mais de dez anos.
A proposta dos pesquisadores é compilar os dados e mapear locais de maior risco, onde estão as vítimas e quem são elas. Para a psicóloga Judy Fleiter, gerente mundial da Global Road Safety Partnership (GRSP), instituição ligada à Cruz Vermelha, esse mapeamento é “fundamental” para direcionar a ações de prevenção e avaliar as iniciativas já implantadas. Segundo ela, que palestrou ontem na primeira reunião do Comitê, as intervenções precisam ser visíveis, permanentes, publicizadas e rigorosamente executadas para que os condutores sintam obrigação de cumprir a lei. “(Os infratores precisam) sentir que estão sendo fiscalizados em qualquer lugar, a qualquer hora, por qualquer um”, disse.
Conforme Luiz Alberto Sabóia, secretário da Conservação e dos Serviços Públicos (SCSP), a Prefeitura continuará investindo em faixas para ônibus, ciclofaixa, ampliação de calçadas e ações educativas. “Quase todo acidente envolve uma atitude pessoal do motorista, do pedestre, do ciclista ou do motociclista. É necessário mudar comportamentos. E é uma missão do poder público, mas também da sociedade”, ressaltou.