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Na casa da diarista Adriana Xavier, 44, todos já tiveram dengue. “Qual pessoa aqui que não teve, né?”, compartilha a moradora da 4º etapa Conjunto Ceará. Relatos como o de Adriana são comuns no bairro, no limite com Caucaia. A assistência dos agentes comunitários encontra dificuldades nas áreas limítrofes. Por isso, foi iniciada ontem a 13ª Operação Fronteiras.
Serão realizadas ações de prevenção e combate ao Aedes aegypti. Entre elas, a limpeza de ovos do mosquito nas residências, para evitar o ciclo reprodutivo na quadra chuvosa. O Gerente da Célula de Vigilância Ambiental e Riscos Biológicos da Secretaria da Saúde de Fortaleza, Atualpa Soares, explica que essas áreas costumam ser menos acessíveis. “O próprio agente não conhece muito o território ou pensa que é do outro município”, cita.
De acordo com o coordenador do Núcleo de Endemias e Zoonoses da Secretaria da Saúde de Caucaia, Francisco Pires, a iniciativa pode reduzir os casos de arboviroses. Além de dengue, o Aedes aegypti transmite zika e chikungunya. “Os números epidemiológicos são preocupantes. Nesta área limítrofe entre Caucaia e os bairros da Regional V, temos cerca de 19 mil pessoas afetadas”, frisou.
Além da limpeza, haverá ações educativas nos bairros Conjunto Ceará e Granja Lisboa, em Fortaleza; e Marechal Rondon, Parque Guadalajara, Parque Albano e Velho São Miguel, em Caucaia. (Bruna Damasceno/Especial para O POVO)