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Cobradores perdem espaço no transporte complementar
Cotidiano

Cobradores perdem espaço no transporte complementar

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“Bora! North Shopping, Bezerra de Menezes, 13 de Maio, Reitoria, Igreja de Fátima, Pontes Vieira, Assembleia, Iguatemi, Unifor, Fórum, Seis Bocas. ‘Vamo’ afastando aí pra trás, pessoal, que cabe mais gente”. Os gritos dos cobradores anunciando a rota das topiques são parte do cotidiano de Fortaleza, mas a intenção dos que gerenciam o sistema complementar é tornar o profissional cada vez mais raro.


Segundo a Cootraps, 10% dos micro-ônibus ainda circulam com eles, que já estiveram em todas as vans da Cidade. Nos anos 1990, quando a condução era feita em topiques, towners e kombis, o cobrador era necessário para, além de anunciar o itinerário (que mudava conforme a demanda), receber o pagamento e controlar a entrada de passageiros. Nesses modelos, a entrada é distante do banco do motorista.


Conforme Carlos Robério Sampaio, diretor financeiro da cooperativa, 22% do custo da passagem é destinado ao pagamento desses profissionais. “A tendência é não ter mais. Até por conta dos vales eletrônicos”. Ele diz que, hoje, o uso dos cartões representa 60% das passagens. A intenção é chegar a 95%.


Usuária diária de topiques, a estudante Patrícia Rodrigues, 28 anos, reclama da tendência de redução dos cobradores. “Atrapalha muito porque demora. Forma fila na parada e ninguém consegue entrar”, critica. (Igor Cavalcante)

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