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A BR-116, que, conforme estatísticas, é a segunda via com o trânsito mais perigoso de Fortaleza, deve receber suporte de segurança viária ainda este ano. Em entrevista coletiva no Paço Municipal, o prefeito Roberto Cláudio (PDT) adiantou, ontem, que, em poucas semanas, o controle sobre trecho da rodovia deve ser transferido do Governo Federal para a Prefeitura, possibilitando que intervenções para reduzir acidentes sejam aplicadas antes do início das obras do segundo trecho do corredor expresso que ligará o Centro a Messejana.
[SAIBAMAIS]“Apesar de continuar tendo características de rodovia, (a BR-116) vai se transformar num corredor de ônibus e isso deverá ser antecipado com algumas ações de prevenção de acidentes, como novas passarelas e semáforo com tempo para pedestre”, detalhou o prefeito.
[FOTO2]Segundo RC, o processo de municipalização tramita atualmente no Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. “O convênio vai transferir custos e responsabilidades para o Município. Não tem nenhum empecilho técnico”, garantiu.
Presente à coletiva, o secretário-executivo da Secretaria da Conservação e Serviços Públicos (SCSP), Luiz Alberto Sabóia, acrescentou que o redesenho da BR-116 contempla alargamento de calçadas e instalação de ciclofaixas. Além disso, antecipou que o projeto prevê a construção de pelo menos seis estações de ônibus como as que estão sendo erguidas na avenida Aguanambi. “É um trecho menos adensado (com menos concentração de pessoas e serviços), (ônibus) não precisa parar tanto”, analisou.
[QUOTE1]O trecho de aproximadamente 12 quilômetros entre Messejana e a avenida Aguanambi deve começar a ser modificado logo após a entrega da primeira etapa do corredor expresso Centro/Messejana em janeiro de 2018 e, junto a cada uma das seis estações ao longo da rodovia, garantiu o Sabóia, devem ser construídas passarelas de acesso para pedestres.
Leste-Oeste
Na ocasião da coletiva, Roberto Cláudio anunciou também um pacote de intervenções de segurança viária na avenida Presidente Castelo Branco (Leste-Oeste). Na análise da Prefeitura, a via é a terceira mais perigosa da Capital (atrás somente da rodovia BR-116 e da General Osório de Paiva) e aquela onde mais morrem pedestres — só em 2016 foram oito. “É preciso que a gente estude e entenda as causas de acidentes fatais em cada uma dessas vias”, avaliou o prefeito.
Devido à situação da região da Leste Oeste, a partir da semana que vem serão removidos alguns retornos e algumas conversões à esquerda — responsáveis pela maioria dos acidentes fatais, de acordo com Luiz Alberto Sabóia —, instalados dois binários e oito semáforos e pintados 3,2 quilômetros de ciclofaixa unidirecional entre a avenida Pasteur e a rua Ceci (ver mapa). A conclusão das obras está prevista para dezembro deste ano. O investimento gira em torno de R$ 1 milhão.