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Bebês prematuros recebem músicas como tratamento
Cotidiano

Bebês prematuros recebem músicas como tratamento

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Quando um bebê nasce de forma prematura, antes de ser concluída a gestação, ele e a mãe sentem um verdadeiro baque. A criança sai do conforto do útero, e vai para um local totalmente novo — para o qual ainda não está preparada. Em vez de ir para casa, a família vive por dias, às vezes, meses, o cotidiano hospitalar. Como acalanto, na manhã de ontem, no Hospital Maternidade Eugênia Pinheiro, do HapVida, onde 11 bebês, duas mães e um pai participaram do espetáculo Música nas Incubadoras.


A apresentação abriu o Festival Internacional de Teatro Infantil (TIC) e teve convidados especiais: os bebês prematuros e seus pais. “Meu projeto não só quer estimular o bebê, mas estreitar os vínculos perdidos, de forma prematura, entre mãe e criança”, ensina a cantora brasiliense Fernanda Cabral. Ela tem formação em artes cênicas e faz mestrado em música na Universidade de Brasília (UNB), na modalidade sanduíche com residência em Portugal, na cidade de Leria.


Fernanda toca baixinho uma flauta próximo à incubadora onde está Enzo Gabriel dos Santos, de apenas 12 dias de vida. O menino se mexe enquanto escuta o som doce e aumenta os batimentos cardíacos. Com o outro bebê, o Pedro Miguel, de um mês, ela cria músicas usando o nome dele e o da mãe, a Susiene Martins, 21. “É tão bom ouvir. Parece que acalma a gente”, diz Susiene.


A cantora leva para perto de cada um dos 11 bebês internados, um carrinho repleto de instrumentos musicais e também bacias e peneiras com água para simular barulho de chuva. “A partir dos quatro meses de gestação, a gente começa a ouvir os primeiros sons. E eles nos afetam muito, mas não temos essa percepção”, ensina Fernanda. (Angélica Feitosa)

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