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Reação a assaltos se dá por medo de serem identificados como policiais
Cotidiano

Reação a assaltos se dá por medo de serem identificados como policiais

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Com número expressivo de agentes públicos de segurança assassinados mesmo estando de folga, a pergunta reside nas causas que os levam a reagir a situações de assalto.


Um especialista em segurança pública, que pediu para não ser identificado na reportagem, explica que na situação de violência atual o profissional se sente em maior risco pelo fato de ser policial. Nessa realidade ele se vê obrigado a reagir, mesmo em desvantagem quanto ao número de assaltantes. “Na cabeça dele, se ele for descoberto, vai morrer de qualquer jeito”, ressalta.


Outro fator apontado pelo especialista está no status existente no mundo do crime para aquele que causa a morte de um policial. “Quando o policial é descoberto ele perde a característica de ser humano e passa a ser um alvo inimigo”, complementa.


A situação de altos índices de mortes de policiais não é algo restrito ao Ceará. De acordo com a Ordem dos Policiais do Brasil, até agosto, 439 agentes foram assassinados em todo o País. Rio de Janeiro (117), São Paulo (41), Pará (36) e Bahia (34) lideram o ranking de homicídios. O Ceará é 5º, com 25.


Conforme o especialista, para que não só o Ceará, mas todo o Brasil apresente uma diminuição nos índices é necessária uma mudança com punições rápidas, diferenciais no cumprimento das penas. “Aqueles que são presos não passam por nada diferente do que passariam se tivessem matado um outro criminoso”, comenta.

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