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Prefeitura projeta usina para incineração de lixo
Cotidiano

Prefeitura projeta usina para incineração de lixo

Com 1,3 mil pontos de lixo em Fortaleza, mesmo mais de dois anos depois de legislação sobre resíduos, Prefeitura lança piloto de aplicativo para auxiliar na coleta, parceria com carroceiros e planeja usina de incineração do lixo
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Passados dois anos e quatro meses da aprovação da lei municipal que regulamenta o plano de ações de manejo de resíduos sólidos, e com Fortaleza ainda contabilizando 1,3 mil pontos de acúmulo de lixo, a Prefeitura lança novas ações na tentativa de mitigar o problema do lixo. Projeto de remuneração para carroceiros que levarem lixo para ecopontos e aplicativo para agendamento de visitas para recolhimento de coleta seletiva domiciliar estão entre as principais medidas.

[SAIBAMAIS]

De volta à Capital após visita à China, o prefeito Roberto Cláudio (PDT) anunciou, em coletiva de imprensa ontem no Paço Municipal, que iniciou conversa para instalar uma usina de incineração de lixo com tecnologia de filtros úmidos de baixo impacto ambiental.


A usina, uma tecnologia da Espanha comprada pela China, já funciona, conforme Roberto Cláudio, em 18 cidades pelo mundo. O prefeito afirmou que quer a implantação da usina até o fim da gestão, em 2020. Para isso, uma parceria com o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), já foi “ventilada”, segundo RC.

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“Eles incineram o lixo e essa queima gera energia que é adquirida pelo próprio município e gera material de construção como brita, meio-fio, bloquetes, que podem ser usados em obras públicas e privadas. A nossa ideia é incentivar, através de arranjo público-privado, a viabilização para o tratamento desse lixo que hoje vai para o aterro e gera um passivo-ambiental significativo para a Cidade e para a Região Metropolitana”, detalhou o prefeito.


De acordo com o gestor, a fábrica tem viabilidade também por não ser necessária a separação de diferentes tipos de lixo, podendo a incineração ser feita com a retirada apenas de metais.


A usina poderá ser implantada, segundo o titular da Secretaria da Conservação e dos Serviços Público (SCSP), João Pupo, no terreno do Jangurussu, na área onde funciona o Aterro Sanitário Metropolitano de Caucaia (Asmoc) — cujo terreno é de posse da Prefeitura de Fortaleza —, ou em espaço de 138 hectares ao lado do Asmoc, comprado para expansão do aterro.


Novos projetos


Com inauguração feita há 12 dias, o Ecopolo da avenida Leste-Oeste aporta uma das inovações que deverão ser testadas em outras áreas da Cidade. Intitulado e-Carroceiro, o projeto busca fazer com que os carroceiros recebam incentivos financeiros para descartar entulhos, podas e materiais volumosos em ecopontos, em vez de jogá-los em canteiros centrais de vias e terrenos baldios. O POVO noticiou o projeto na edição de 27 de agosto.


“O carroceiro quase duplica a renda, porque ele ganha da pessoa para a qual ele coleta e vai ganhar agora para destinar corretamente no ecoponto. É um projeto que transforma uma categoria que era parte de um problema em protagonista da solução”, definiu Luiz Alberto Sabóia, secretário-executivo da SCSP. O e-Carroceiro será implantado no Ecopolo da Monsenhor Tabosa, que começa a funcionar na próxima segunda-feira, 11. Lá também passa a ser feito o agendamento do recolhimento de coleta seletiva por aplicativo. A remoção do material deve ser feita em parceria com cooperativas de reciclagem. “Quando chegarem em toda a Cidade as duas ações garantirão uma nova realidade da coleta e do destino do lixo em Fortaleza”, projetou RC.

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