O achado, raro para a pesquisa científica no mundo, apesar de anunciado pelo site norte-americano Paleo Direct estava sendo guardado na Alemanha.
De acordo com o procurador federal Célio Lima Verde, a revelação foi feita por John McNamara, o proprietário do Paleo Direct, que tinha sido ouvido pelo Departamento de Justiça da Embaixada do Brasil em Washington.
John McNamara, que não conseguiu provar a legalidade da aquisição da peça pré-histórica da Chapada do Araripe, afirmou que o pterossauro estava na “casa de um associado na Alemanha, de nome Ingo Meyer, que é diretor de negócios da fossilworld.net”.
Diante do depoimento do norte-americano, o procurador da República conta que foi encaminhado “formulário ao setor de Assessoria de Cooperação Jurídica Internacional da PGR, requerendo assistência mútua na intenção de recuperar o fóssil. Agora, esforço foi direcionado à República Federativa da Alemanha.
Atualmente, o Inquérito Civil Público número 1.15.002.000068/2008-56 aguarda resposta ao pedido de cooperação com Alemanha.
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Em resposta que revela, no mínimo, desconhecimento da legislação brasileira, a Reitoria da Universidade Regional do Cariri (Urca) afirma que houve avanços no combate ao tráfico de fósseis com a criação do Geopark Araripe, em 2006.
De fato, houve avanço.
Mas ao contrário do que diz a nota enviada ao O POVO, o tráfico de fósseis na Chapada do Araripe não passou a ser proibido somente após surgimento do Geopark Araripe. A lei já proibia.
A Reitoria da Urca ressalta que o combate ao tráfico de fósseis não se faz com punição, mas com educação. E que há um trabalho de qualificação e produção de material bibliográfico para escolas primárias e professores.