A criança de sete anos que presenciou a mãe ser morta pelo padrasto, no bairro Sapiranga, sofreu tentativa de homicídio por parte do adulto. O menino se fingiu de morto para sobreviver até ser localizado pela Polícia, na casa, no último dia 20. O homem se matou.
O POVO apurou que o padastro, de 31 anos, tentou matar primeiro o enteado por meio de asfixia e a criança desmaiou. Pensando que o menino estava morto, o homem matou a companheira, de 36 anos, que estava grávida.
No dia em que a sucessão de crimes foi descoberta ainda não havia sido explicada a dinâmica do caso. No entanto, uma fonte deu detalhes sobre o caso, ontem, ao O POVO.
Uma semana antes do crime houve uma discussão na residência pois o homem vendera itens da casa. Vizinhos também relataram que, desde o aluguel da casa, era frequente ouvir as brigas do casal.
O menino está sob cuidados de familiares, com o acompanhamento do Conselho Tutelar.
O caso
No dia 17, a mãe da criança foi morta na residência. O menino tinha sofrido tentativa de homicídio e permaneceu no local, fingindo-se de morto, durante três dias, até que o padastro, autor do assassinato da mulher, cometeu suicídio. O cheiro dos corpos e o choro da criança chamaram a atenção da vizinhança, que acionou a Polícia Militar. Ele foi encontrado acuado, sujo, com fome e marcas de agressão.
Funcionário da imobiliária responsável pela casa, João Vega foi informado por familiares que o homem era dependente de drogas e já havia sido internado algumas vezes. (Jéssika Sisnando)