“Tecnicamente, para as leis, é cárcere privado o que eu estou fazendo. Mas eu, como pai, pelos meus filhos e a segurança deles, quando eu vi a ameaça à vida deles, eu guardei eles em casa”, resumiu. A esposa, com quem disse estar desde 1993, seria o principal alvo das ameaças. Questionado sobre a insatisfação das crianças em não terem acesso ao mundo, afirmou que conversava com elas.“Eu dizia: minhas filhas, olhe, cuidado: a qualquer momento os bandidos podem subir e tentar invadir, matar a mamãe”. A ameaça viria de familiares. Isso, alegou, o impedia de denunciar à Polícia.
As crianças sofriam? O POVO questionou. “Talvez não sofressem porque, primeiro, eram muitas crianças e faziam amizades umas com as outras, e, depois, porque tinham convivência com os pais, eram tratadas com muito amor, muita educação, muito estudo”, disse o pai. (Sara Oliveira)