Na região do Alto Jaguaribe foi a pós-estação que fez a água correr no rio Jaguaribe novamente. “Do dia 31 de maio para 1º de junho, deu uma grande chuva. E depois outras, que fizeram ‘descer’ o Jaguaribe. Para a gente, do Centro-Sul, foi muito importante, deu água para pequenos açudes de comunidades rurais”, afirmou o coordenador do Fórum Cearense de Comitê de Bacias, Alcides Duarte. Segundo ele, essa situação, que inclui chuvas espaçadas e temperaturas mais amenas, não é comum. Agora, é esperar para ver as “chuvas do caju” (outubro), de pouca intensidade e influenciadas pela umidade que vem do mar.
O meteorologista da Funceme Raul Fritz explicou que foram registrados fenômenos como o Ondas de Leste (ondas no campo atmosférico que se propagam com velocidade e percorrem longas distâncias, fortalecendo a formação de umidade) e de instabilidades atmosféricas (quando o ar sobe verticalmente na atmosfera carregando umidade, que evapora sob o oceano e forma as nuvens).
Para o titular da Secretaria dos Recursos Hídricos (SRH), Francisco Teixeira, a meta continua a mesma: economizar. “Vamos buscar até acelerar mais a gestão de oferta da água para poder, no próximo ano, com a ajuda da estação chuvosa, chegar até 2019”, afirmou. A ideia, diz, é evitar o racionamento.