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Chuvas na pós-estação no Ceará foram 193% maiores do que em 2016
Cotidiano

Chuvas na pós-estação no Ceará foram 193% maiores do que em 2016

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O período pós-estação chuvosa, composto pelos meses de junho e julho, somou 54,8 mm de precipitações no Ceará. O volume é 3,7% acima da média e 193% maior do que o total registrado no mesmo período do ano passado, de 18,7mm. Os responsáveis pelas chuvas nesta época foram os sistemas que vêm do Leste nordestino e afetam principalmente os estados do RN, PB e PE. Em setembro, tem início o “B-R-O-BRO”, com muitos ventos, poucas chuvas e a expectativa para a estação chuvosa de 2018.

 

Na região do Alto Jaguaribe foi a pós-estação que fez a água correr no rio Jaguaribe novamente. “Do dia 31 de maio para 1º de junho, deu uma grande chuva. E depois outras, que fizeram ‘descer’ o Jaguaribe. Para a gente, do Centro-Sul, foi muito importante, deu água para pequenos açudes de comunidades rurais”, afirmou o coordenador do Fórum Cearense de Comitê de Bacias, Alcides Duarte. Segundo ele, essa situação, que inclui chuvas espaçadas e temperaturas mais amenas, não é comum. Agora, é esperar para ver as “chuvas do caju” (outubro), de pouca intensidade e influenciadas pela umidade que vem do mar.


O meteorologista da Funceme Raul Fritz explicou que foram registrados fenômenos como o Ondas de Leste (ondas no campo atmosférico que se propagam com velocidade e percorrem longas distâncias, fortalecendo a formação de umidade) e de instabilidades atmosféricas (quando o ar sobe verticalmente na atmosfera carregando umidade, que evapora sob o oceano e forma as nuvens).


Para o titular da Secretaria dos Recursos Hídricos (SRH), Francisco Teixeira, a meta continua a mesma: economizar. “Vamos buscar até acelerar mais a gestão de oferta da água para poder, no próximo ano, com a ajuda da estação chuvosa, chegar até 2019”, afirmou. A ideia, diz, é evitar o racionamento.

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