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Diante de um cenário nacional de demissão de terceirizados, redução de bolsas estudantis, dificuldade para pagar conta de energia e outras consequências do corte de R$ 4,3 bilhões no orçamento do Ministério da Educação (MEC), a Universidade Federal do Ceará (UFC) se mostra estável. Ontem, em coletiva para a imprensa, o reitor Henry Campos enumerou avanços dos últimos meses, a exemplo da recente nota máxima alcançada no conceito institucional do MEC.
[SAIBAMAIS]
“Neste momento difícil que o País atravessa, acho que a gente está dando uma lição quando opta por se pautar pela criatividade, pela inovação, pelo trabalho coletivo e, sobretudo, pelo compromisso social”, celebrou o reitor.
Com orçamento anual de R$ 1,3 bilhão e contingenciamento de 40% em obras e aquisição de equipamentos, além do arrocho de 30% no custeio das atividades diárias, a UFC busca apoio em convênios. “A universidade pode e deve ser autossustentável”, afirmou Campos. “Não que vamos abrir mão da obrigação que tem o MEC para com a nossa universidade e as demais, mas podemos multiplicar o que fazemos se formos capazes de ampliar o diálogo, buscar parcerias com os meios produtivos e nos associar a organizações internacionais”, projetou.
[QUOTE1]Para o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Antônio Gomes, a construção de uma base sólida de pesquisa também ajuda a manter a estabilidade da UFC diante das turbulências financeiras que afetam outras universidades federais. Isso é importante, de acordo com ele, para que os pesquisadores “concentrem suas energias na atividade principal, que é gerar conhecimento”.
Conceito institucional
Henry Campos atribui o bom resultado da UFC na avaliação a um trabalho iniciado antes mesmo de sua gestão, “quando a universidade começou seu processo de expansão para o Interior”. Esse momento, segundo o pró-reitor de Graduação, Cláudio Marques, oportunizou a ampliação dos cursos e a chegada de mais estudantes. Atualmente, ele contabilizou, estão matriculados na graduação em torno de 27 mil alunos.