Conforme Eanes Delgado, pneumologista do Hospital Universitário Walter Cantídio e professora da UFC, os poluentes são problema de saúde pública.
Entre os principais afetados estão os pulmões. “Além da fumaça das grandes cidades, também tem a poluição interna dos ambientes, com o ar-condicionado e fogões a lenha ou a carvão, por exemplo. Os problemas gerados são inúmeros, principalmente nas vias aéreas superiores, que são boca, nariz e garganta”, explica.
Segundo a médica, não apenas rinosinusopatias e traqueobronquites são riscos, mas também câncer de pulmão, de laringe e de garganta; acidente vascular cerebral (AVC) e infarto agudo do miocárdio.
Políticas de diminuição do excesso de poluição nas metrópoles são as grandes saídas apontadas por ela. Medidas paliativas são evitar vias em momentos de pico, realizar esportes e atividades de lazer em áreas abertas, evitar ambientes fechados com ar-condicionado, principalmente com pessoas fumantes, e deixar as janelas abertas. “Senão, precisaríamos sair de máscara, como em alguns países asiáticos”, cita a médica. (Lucas Braga)