A política municipal que implementou a necessidade do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) a grandes geradores já exibe resultado. É o que garante o titular da Secretaria da Conservação e dos Serviços Públicos (SCSP), João Pupo. “Hoje, há respeitabilidade sobre a fiscalização. Evoluímos demais, geramos cerca de sete mil solicitações de empresas pelo PGRS”, avaliou. Um dos próximos passos da gestão será escolher e licenciar, em 2018, três terrenos que possam abrigar usinas de reciclagem desses resíduos da construção civil. A ação seria fruto de Parcerias Público-Privadas (PPPs).
É o grande desafio atualmente, afirma João Pupo. O objetivo é criar uma cadeia produtiva que consiga fazer com que os resíduos sejam utilizados, por exemplo, em obras públicas e privadas.
Entretanto, ainda será preciso vencer as barreiras da destinação inadequada. “Temos vídeo de uma construtora que quando o fiscal passava via os contêineres sempre limpos e o PGRS em dia. Ele desconfiou e um dia passou uma manhã observando. Constatou que um transportador clandestino levava o resíduo para um local desconhecido”, contou o titular da SCSP. Existem hoje 21 empresas cadastradas para executar esse serviço e outras três em processo de cadastramento.
Ainda conforme João Pupo, no passado, a maioria dos resíduos de construção civil que chegava ao aterro sanitário era coletado pela Prefeitura. “Hoje isso se inverteu, a maioria vem da iniciativa privada”. Parte das estratégias da Prefeitura em relação à coleta seletiva incluirá, no segundo semestre, um modelo que envolve mídias sociais e novas tecnologias para estimular a coleta residencial.