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Propostas para espigões são debatidas com moradores
Cotidiano

Propostas para espigões são debatidas com moradores

Propostas como a de heliponto no espigão da Rui Barbosa foram apresentadas a moradores e comerciantes. Embora com recepções distintas, eles consideram que questões como limpeza e segurança devem ser prioridade
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Um heliponto no espigão da Rui Barbosa e um parque temático com roda-gigante perto dali, no espigão do Náutico. Ideias que podem ser consideradas tanto ousadas como controversas foram postas em debate. Moradores da Praia de Iracema e do entorno, além de comerciantes e empreendedores do setor hoteleiro, reuniram-se na tarde de ontem com a Secretaria Municipal do Turismo (Setfor) para conhecer as propostas do órgão para a região.

 

Entre as ideias, apresentadas pelo titular da Setfor, Alexandre Pereira, destaca-se a chamada tematização dos píers, que é dotar os espigões de equipamentos que sirvam, em teoria, como lazer e atrativo ao turista. Conforme O POVO noticiou na última segunda-feira, 26, o espigão do Náutico teria um parque temático. O da João Cordeiro abrigaria o Museu do Mar, enquanto o píer da Rui Barbosa receberia um heliponto para passeios panorâmicos pela orla. Para esse último já há, segundo Pereira, investidores interessados.


“A ideia de tematização tem em outros lugares do mundo como na Califórnia, Itália, Portugal. Temos três espigões que são belíssimos, mas que servem hoje apenas como contemplação. Entendemos que é importante tematizar cada píer como equipamento turístico para potencializar o que a gente tem de belo”, projeta o secretário.


As ideias geraram recepções distintas entre moradores e empreendedores. Para os contrários, o sentimento de que soluções mais básicas deveriam ser prioridade. “Recebo assustada essas ideias. Quando o poder público vem com essas intervenções, os moradores são ignorados. Entre a igreja de São Pedro e o Estoril tem uma lixeira apenas. Ninguém tá precisando de espigão com heliponto”, afirmou a estilista e moradora do bairro, Silvania de Deus, 45.


Até mesmo os mais otimistas veem que questões como limpeza e segurança devem ser postas em primeiro plano. “É legal a iniciativa da secretaria em nos chamar para discutir. Agora, o turista chega aqui e vê a praia poluída e nenhuma segurança. Fica se perguntando para onde vai”, pondera Isis Brandt, 37, proprietária de um restaurante no entorno do Centro Dragão do Mar.


Alexandre Pereira rebateu as críticas de que as propostas descaracterizariam a cultura local. “Pelo contrário. Na Praia de Iracema, a revitalização é toda em cima da nossa cultura. Inclusive a discussão com a comunidade hoje (ontem) é para ela dizer o que é importante de revitalização que eles querem. Vamos fazer o que a população precisa, evidentemente copiando o que há de melhor para o turismo no mundo”, disse.


Ao fim do debate foi formado um conselho com 22 membros da comunidade e do poder público, que se reunirá mensalmente para discutir os projetos para o bairro.

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